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Parece coisa de filmes, de histórias de super-heróis com habilidades sobre-humanas, mas é vida real: os corpos dos ocupantes de uma tribo nas Filipinas sofreram uma mutação para ser diferente do resto da população e eles são capazes de resistir a 60 metros de profundidade no mar – uma habilidade incrível que chamou a atenção de Melissa Llardo, do Centro de Geogenética da Universidade de Copenhagen.
A pesquisadora conduziu um estudo sobre o assunto e as mudanças em sua anatomia que permitem realizar tais façanhas. Ela escreveu sobre os Bajau, também conhecidos como nômades do mar ou ciganos do mar, que são habitantes das ilhas Joló e na península de Zamboaga e, assim como outras tribos próximas, vivem no mar.
– O Alzheimer não é só genético; depende também da vida que levamos
A tribo vive cercada por água nas Filipinas
Existem classificações diferentes entre os povos: tem os Sama Lipídios, que moram no litoral; o Sama Darat, aqueles que vivem em terra firme e os Sama Dilaut, aqueles que vivem na água e são protagonistas dessa história. Eles constroem suas casas na água e barcos de madeira chamados lepa, que dão a eles um estilo de vida surpreendente, tendo se adaptado perfeitamente ao estilo de vida e às necessidades do mar.
– Modelo faz de sua rara condição genética a força de seu trabalho para desafiar padrões
Durante suas viagens, a Dra. Llardo descobriu que entre os baços dos Dilaut, não são semelhantes aos de outros humanos. Isso a levou a pensar que esse poderia ser o motivo pelo qual a tribo pode mergulhar por tanto tempo e tão fundo. Com a ajuda de uma máquina de ultra-som, Llardo escaneou os corpos de 59 pessoas, descobrindo que seu baço era consideravelmente maior, especificamente até 50% maior do que, por exemplo, outros Bajau que moram em terra.
A genética tem colaborado para a vida do povo debaixo d’água
Para Llardo isso é resultado da seleção natural, que está ajudando a tribo residente na região há milhares de anos, a desenvolver essa vantagem genética. Portanto, eles se concentraram em dois genes importantes: PDE10A e FAM178B.
– Jovem com doença genética rara promove o amor próprio com fotos inspiradoras
O PDE10A está relacionado ao controle da tireoide e suas funções. Embora tenha sido testado apenas em ratos, os pesquisadores sabem que um alto nível desse hormônio faz com que o baço aumente de tamanho. Portanto, acredita-se que esse fenômeno esteja relacionado ao que ocorre entre os Bajau.
As modificações no corpo dos Dilaut podem colaborar com a ciência
O gene FAM178B, por usa vez, influencia o nível de dióxido de carbono no sangue. No caso do Bajau, esse gene deriva do Denisova, um hominídeo que habitou a Terra entre um milhão e 40 mil anos atrás. Aparentemente, tem a ver com o fato de que alguns humanos podem viver em áreas muito altas do planeta. Segundo os pesquisadores, assim como esse gene ajuda a sobreviver em grandes altitudes, também poderia ajudar Bajau a conseguir chegar a tais profundidades.
Então, entender por que os Dilaut são tão raros pode ajudar o resto da humanidade. Especificamente, serviria para tratar a hipóxia aguda, que ocorre quando nossos tecidos não têm oxigênio suficiente e que pode causar a morte. Portanto, se os pesquisadores pudessem encontrar uma maneira de fazer o baço transportar mais oxigênio, as mortes por essa condição seriam bastante reduzidas. Apenas incrível, não é mesmo?
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