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Feche seus olhos e tente lembrar de qualquer tipo de ilustração que você já tenha visto que representasse um bebê no útero materno. Com a imagem em mente, responda: ela era de um feto branco ou preto?
Recentemente, uma arte feita pelo estudante de medicina e ilustrador Chidiebere Ibe viralizou na internet ao retratar o bebê negro no útero materno. A repercussão que a ilustração causou mostra o quanto ainda precisamos caminhar para tornar a literatura médica representativa.
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Chidiebere Ibe é ilustrador e estudante de medicina.
A escritora americana Luvvie Ajayi Jones comentou a imagem ao republicá-la em seu Instagram.
“Eu não consigo parar de pensar nessa ilustração feita pelo Chidiebere Ibe. O privilégio está em todos os lugares. A supremacia branca está em todos os lugares. Eu tenho 36 anos e nunca havia visto imagens da anatomia da gravidez de uma mulher e de uma criança negra no útero“, escreveu.
Chidiebere dedica parte de seu tempo a reimaginar a literatura médica sem excluir corpos negros, como faz a imensa maioria dos livros na área da saúde. A imagem do feto negro no útero foi colocada à venda como NFT. Até a data do fechamento desta matéria, a oferta mais alta pela peça chegava a quase R$ 229 mil. O leilão está aberto até o dia 14 de janeiro de 2022.
Em entrevista à “Insider“, o estudante afirmou que a intenção ao publicar a imagem era justamente levantar um debate acerca do assunto. “Eu queria que todos fossem vistos e ouvidos“, disse o futuro neurocirurgião, que vive na Nigéria.
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“É impressionante que as pessoas nunca viram imagens de corpos negros como esse ao longo de toda a vida“, observou.
Especialistas ressaltam que promover a representação gráfica de corpos negros na literatura médica também orienta os profissionais de saúde a entenderem como doenças, especialmente as de pele, podem aparecer de formas diferentes em pessoas negras.
“Imagine que nós não somos representados dessa forma. Essa é a regra. As pessoas brancas são vistas como o padrão. O racismo não está só na violência policial. Ele está o nosso apagamento desde o útero“, completou Luvvie Ajayi Jones.
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