O mecanismo usado para ‘criocongelar’ o primeiro humano da história, nascido em 1893

James Bedford foi um dos principais nomes da Universidade da Califórnia. O psicólogo e pesquisador deu aula por anos na faculdade e ganhou grande renome ao lado de seus pares acadêmicos, que aceitaram levar à cabo a ideia bizarra que ele teve ao fim de sua vida: ele queria ser congelado para ser ressuscitado anos depois.

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A ideia de James Bedford surgiu após ele descobrir um câncer no rim já em metástase para o pulmão. Ele lutou contra a doença, mas não resistiu e faleceu no ano de 1967. Então, deixou uma verba para sua família investir na pesquisa que garantiria que ele fosse congelado para reviver no futuro.

Cápsula criônica de James Bedford aberta pela Alcor

Bedford foi o primeiro ser humano criocongelado ou criopreservado da história. Mas o que isso significa?

O criocongelamento é uma técnica que usa químicos em temperatura extremamente baixa (entre – 80ºC e – 150ºC) com substâncias como nitrogênio líquido ou dióxido de carbono.

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Caso o corpo humano fosse congelado a zero graus (como está Vladimir Lênin, por exemplo) muitas células acabariam com sua estrutura transforma e provavelmente ficariam danificadas para sempre. É por isso que algumas carnes e vegetais mudam de textura no congelador da sua casa, por exemplo.

O congelamento criônico, como o usado em Bedford, não causa esse tipo de alteração na célula. A temperatura extremamente baixa e súbita não permite que as células humanas reajam ao ambiente.

Cientistas montam a cápsula de criocongelamento de James Bedford

Seus líquidos foram substituídos por substâncias químicas para que seu sangue não envelhecesse dentro de seu corpo. E então foi colocado dentro de uma cápsula.

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Depois de 55 anos, o corpo de Bedford continua intacto, mas não foram inventadas tecnologias capazes de reviver corpos criocongelados. Ele está atualmente mantido na Alcor Life Extension Foundation (Fundação Alcor pela Extensão da Vida) em Scottsdale, Arizona.