Caça comercial de baleias deve ser proibida na Islândia a partir de 2024

Um dos últimos três países a ainda autoriza a caça comercial de baleias, a Islândia pretende proibir a prática a partir de 2024. A decisão, ainda não oficial, é um motivo de celebração na proteção aos animais e ao meio-ambiente. De acordo com autoridades islandesas, o interesse cada vez menor pela carne do animal e o debate em torno do tema têm sido cruciais para a alteração.

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Homem pisa em cima de baleia morta após ser caçada.

“Há poucas justificativas para autorizar a caça às baleias depois de 2024“, afirmou a ministra da Pesca e Agricultura da Islândia, Sandis Svavarsdóttir, em um texto publicado em um jornal local. A data específica é por conta da validade das atuais concessões na atividade. As licenças que já estão em vigor duram até o fim de 2023.

A caça de baleias para fins comerciais foi reautorizada na Islândia em 2006 após 20 anos de embargo. O maior mercado consumidor deste tipo de carne está no Japão, mas estatísticas mostram que o consumo tem caído ao longo dos últimos anos.

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“O Japão tem sido o maior comprador de carne de baleia [da Islândia], mas seu consumo está diminuindo ano a ano. Por que a Islândia deveria correr o risco de continuar pescando se não rendeu benefícios econômicos, para vender um produto que está em baixa demanda?“, questionou a ministra.

No Japão, a caça às baleias foi proibida por 30 anos. No entanto, em 2018, o país asiático se retirou da Comissão Baleeira Internacional (IWC) e retomou a pesca no ano seguinte. Segundo dados da Whale and Dolphin Conservation (WDC), mais de 1,7 mil baleiais minke, sei e fin morreram por conta da pesca predatória desde o embargo de 1986.