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Ao longo de mais de 20 anos de carreira, o gaúcho Carlos Henrique Raposo, mais conhecido como Carlos Henrique Kaiser, realizou o sonho de milhares de meninos e meninas por todo Brasil e o mundo, atuando como jogador de futebol em alguns dos mais importantes clubes brasileiros, com direito a passagens pelo futebol internacional. A palavra “atuou” aqui, porém, não representa somente o ato de desempenhar uma ação ou função, e é principalmente utilizada no sentido teatral do termo – referindo-se ao gesto de fingir, em um palco, ser um personagem: pois o que torna a história desse suposto atacante em uma das mais incríveis trajetórias do futebol em todos os tempos não são os gols, os passes, os dribles ou os títulos, mas sim o fato de que ele praticamente jamais entrou em campo ou disputou uma partida.
O “jogador” Carlos Henrique Kaiser, o craque que nunca entrou em campo
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Kaiser não era de fato um jogador de futebol, mas sim um singelo charlatão, e foram raras às vezes em que pisou no gramado ao longo de seus 26 anos de carreira. Ainda assim, ele vestiu a camisa – e nada mais – de times como Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Bangu, América do Rio, além do Puebla, do México, Gazélec Ajaccio, da França, e do El Paso Patriots, dos EUA. Atuando principalmente durante a década de 80, Kaiser se aproveitou de uma época em que não havia internet, os jogos não eram todos transmitidos e as informações não circulavam com a intensidade de hoje para criar e sustentar a “carreira”: sua principal arma, porém, era mesmo a lábia, as boas relações, as amizades – e as supostas lesões, os esquemas e tramoias que criava para sustentar suas “atuações”.
Kaiser durante um “treino”: às vezes as lesões se davam antes dos jogos
A imprensa também “caiu” no esquema de Kaiser
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O primeiro passo da fraude era se tornar amigo dos dirigentes e dos jogadores, e se tornar uma presença querida e folclórica dentro do clube, em uma época ainda mais desorganizada e amadora do futebol. Sua lista de amizades era extensa e reluzente, incluindo nomes como Carlos Alberto Torres, Renato Gaúcho, Ricardo Rocha, Romário, Edmundo, Gaúcho, Branco, Maurício e tantos mais. Outro ponto importante de seu “sistema” era a assinatura de contratos curtos, pelos quais recebia luvas e muitas vezes rapidamente era dispensado: apresentando-se sempre fora de forma, Kaiser quase sempre não chegava a jogar, lesionando-se nos treinos ou, se entrasse em campo, ele rapidamente se machucava, indo direto para o departamento médico, onde permanecia o máximo de tempo possível.
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Por ter um bom porte físico e a “aparência” de jogador de futebol da época – ele garante que sua semelhança com Renato Gaúcho o ajudou não somente a conquistar espaço nos clubes como a viver também grandes aventuras amorosas –, Kaiser conseguiu sustentar a imagem de um jogador cheio de potencial, porém especialmente azarado. Ele é o primeiro a confirmar que não jogou mais de 20 partidas em toda sua vida, mas que não se arrepende: “Os clubes já enganaram tantos os jogadores, alguém tinha que ser o vingador dos caras”, afirma. A incrível história do “maior malandro do futebol mundial” foi contada no documentário “Kaiser: O Jogador de Futebol que Nunca Jogou”, dirigido pelo britânico Louis Myles, que conta com a participação de nomes como Bebeto, Carlos Alberto Torres, Ricardo Rocha e Renato Gaúcho, entre outros amigos e “companheiros” de profissão.
No carnaval carioca, ao lado dos jogadores Gaúcho e Renato Gaúcho
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