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Por cinco votos a favor e quatro votos contrários, a Corte Constitucional da Colômbia decidiu retirar o aborto realizado até a 24ª semana de gestação da lista de delitos do Código Penal do país.
Manifestantes celebraram diante do edifício da Corte e em outros pontos da capital, Bogotá, a decisão, que determina que nenhuma mulher que realizar o procedimento dentro do período determinado poderá ser julgada ou condenada, e que dá à mulher o poder de decisão sobre interromper sua gestação. Até então, o aborto só era permitido no país em caso de estupro, má formação do feto ou risco de morte para a mãe.
Manifestantes celebram a decisão diante do prédio da Corte, em Bogotá
-Aborto vitimou (de goleada) mais mulheres negras do que brancas entre 2020/21
Com a mudança, a Colômbia se tornará o terceiro país e o de maior população a descriminalizar o aborto na América Latina em menos de um ano, seguindo a tendência iniciada pelo México e a Argentina.
Por se tratar de um país de maioria católica, no qual anualmente cerca de 400 mulheres eram presas anualmente e condenadas a penas de 16 a 54 meses de prisão por realizarem o procedimento – e que tipificava como crime se um hospital não denunciasse uma mulher que procurasse ajuda médica por complicações de um eventual aborto clandestino –, a decisão da justiça colombiana foi considerada uma especial conquista histórica do movimento feminista.
Aborto legal en Colombia. We will raise up 💚💜🇨🇴pic.twitter.com/vZX1lFl5x1
— Lu 🫀 (@LuftBigone) February 21, 2022
A mudança é conquista histórica em um país governado pela direita e de maioria católica
-Texas desconsidera estupro e incesto ao aprovar lei antiaborto mais rigorosa dos EUA
A mudança na legislação do país foi votada pela corte a partir de um projeto apresentado pelo movimento Causa Justa, que reúne 90 organizações femininas, e que pedia pela descriminalização irrestrita e eliminação do procedimento do código penal.
A resolução, porém, escolheu uma solução considerada “mista”, que torna livre e legalizado o aborto até a 24ª semana, mas que, após o prazo, exige que o procedimento se enquadre em uma das três situações citadas para não ser considerado crime: as 346 mulheres que atualmente cumprem pena no país por abortos clandestinos serão liberadas.
A demanda pela mudança foi levada à corte pelo movimento Causa Justa
-Esta grávida teve uma hemorragia e foi presa no hospital acusada de aborto
“Que emoção ter vivido para ver, finalmente, essa conquista para as mulheres na Colômbia. Depois do direito ao voto, é a mais importante para a vida, a autonomia e a realização plena e igualitária das mulheres”, afirmou a prefeita de Bogotá, Clauda Lopez.
Apesar de já representar um importante avanço no tópico, a decisão ainda não determina como o procedimento poderá ser realizado, nem garante que o aborto poderá ser feito de forma segura e gratuita nos hospitais públicos, como ocorre, por exemplo, na Argentina, no Uruguai, em Cuba e na Guiana – essas regulamentações serão decididas em um próximo passo da mudança, a cargo do congresso colombiano.
A festa tomou a frente da Corte mas se espalhou por diversos cantos da capital colombiana
-Damares Alves atuou nos bastidores para impedir aborto de criança de 10 anos vítima de estupro
No Brasil, a legislação é semelhante à antiga lei colombiana, determinando que o aborto é crime tanto para a gestante quanto para o médico, salvo em gestações provocadas por estupro, que coloquem em risco a vida da mulher, ou em casos de fetos anencefálicos.
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