Ciência

Consumo de cerveja pode representar fator de risco para a covid, sugere estudo

07 • 02 • 2022 às 10:07
Atualizada em 08 • 02 • 2022 às 14:40
Redação Hypeness
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Para evitar a contaminação pela Covid-19, é fundamental estar com a vacinação em dia e reforçada, usar máscaras, respeitar o distanciamento social, os protocolos de segurança e… evitar a cerveja? Pois é isso que um estudo recente, realizado por pesquisadores chineses a partir das informações de saúde de cerca de 500 mil pessoas, sugere.

Segundo o trabalho, quem consome cerveja frequentemente tem 28% mais chances de contrair o vírus do que alguém que não bebe. Publicada na revista Frontiers in Nutrion, a pesquisa buscou analisar a relação entre o consumo de álcool e os números da infecção e da mortalidade da Covid-19, e também avaliou a relação entre os consumidores de destilados e vinho.

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A pesquisa indicou correlação entre consumo de cerveja e contaminação por Covid-19

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O estudo 

O estudo foi conduzido por pesquisadores do Hospital Shenzhen Kangning, no distrito chinês de Guangdong, e trabalhou com os dados de 473.957 pessoas armazenados pelo UK Biobank Study, projeto que coleta informações sobre a a saúde e o estilo de vida de voluntários no Reino Unido: dentre o grupo selecionado para a pesquisa, 16.559 testaram positivo para a Covid-19.

O resultado apontou não somente uma maior taxa de contaminação entre os bebedores de cerveja, como também para quem bebe destilados com frequência. Em compensação, quem consome vinho tinto, vinho branco ou champanhe apresentou menor risco de infecção.

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O consumo excessivo de qualquer bebida alcoólica agrava a contaminação

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“O consumo de cerveja e cidra não é recomendado durante as epidemias. As orientações de saúde pública devem se concentrar na redução do risco de Covid-19, defendendo hábitos de vida saudáveis e políticas preferenciais entre os consumidores de cerveja e cidra”, diz a pesquisa.

“O vinho tinto oferece benefícios adicionais a outras bebidas alcoólicas provavelmente devido ao seu maior teor de polifenois, diminuindo a pressão arterial, inibindo a oxidação de partículas de lipoproteínas de baixa densidade e outros efeitos favoráveis ​​no estado redox celular, melhorando a função endotelial, inibindo a agregação plaquetária, reduzindo a inflamação e a adesão celular e ativando proteínas que previnem a morte celular”, afirma o texto.

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Tanto o vinho branco quanto o tinto demonstraram correlação de infecção mais baixa pela Covid

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Para além da bebida de preferência, a pesquisa indicou que o consumo excessivo de qualquer bebida alcoólica aumentou em 12% as chances de contrair a Covid-19 quando comparado com quem não bebe. Importante lembrar que o estudo aponta a correlação entre o consumo das bebidas e a incidência de infecção, mas não propriamente a causa, e por isso não determina o que motiva, por exemplo, uma menor incidência entre os bebedores de vinho.

Outros fatores prévios, como práticas de exercícios físicos, alimentação, vacinação e protocolos de segurança podem ajudar a explicar a diferença.

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