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Se o caro leitor ou a estimada leitora nunca ouviram falar em “quimerismo humano”, então vale se preparar para a mais inacreditável narrativa envolvendo DNA, genética e maternidade que ninguém seria capaz de inventar, e que só poderia mesmo acontecer na loucura da vida real. Assim é a história de Lydia Fairchild, uma moradora de Washington, nos EUA, que, em meados dos anos 2000, descobriu que era em parte irmã dela mesma, mas que não era geneticamente a mãe de seus filhos biológicos, dos quais engravidou e deu à luz, ainda que sua mãe fosse comprovadamente avó biológica das crianças – sim, você não entendeu nada, mas não leu nada errado.
Lydia Fairchild e James Townsend, que então era seu marido
-Gêmeos casados com irmãs gêmeas têm filhos idênticos que são tecnicamente irmãos; entenda
A história de Lydia começa em 1999, quando ela tinha 23 anos deu à luz a dois filhos de seu então marido, Jamie Townsend. Alguns anos depois, apesar de grávida de um terceiro bebê de Townsend, o casal estava separado e ela, desempregada e sem conseguir prover o necessário para as crianças, decidiu solicitar por um auxílio do governo do estado de Washington. Para pedir a assistência, toda a família tinha de passar por uma bateria de exames de DNA protocolar, simplesmente para comprovar os laços familiares – e foi aí, em dezembro de 2002, que o surreal pesadelo genético de Lydia começou: seu auxílio não somente foi negado, como ela imediatamente correu o risco de perder a guarda dos filhos e, numa guinada surreal, se viu acusada de simplesmente não ser ela mesma.
A mulher, com um de seus filhos, à época do processo
-Ele comprou testes de DNA pra toda família no natal e virou suas vidas de cabeça para baixo
Segundo o resultado dos exames de DNA, Lydia Fairchild não era mãe de seus filhos, mas Jamie Townsend era o pai. O supostamente infalível teste genético foi repetido por três vezes e, apesar dos pais e dos médicos reiterarem a certeza de que ela era a mãe, em todas as novas testagem foi alcançada a mesma conclusão, geneticamente contrária. O quadro era tão complicado para a jovem que nenhum advogado se dispôs inicialmente a defender seu caso, que passou a correr na justiça com a própria Lydia defendendo a si, desesperadamente tentando comprovar que ela era ela mesma.
A jovem com toda sua família: a inacreditável história teve um final feliz
-Estas combinações genéticas confirmam que o legal é ser diferente
Por estar grávida de 9 meses, porém, ela pode realizar um outro tipo de teste de DNA: após parir sob a devida inspeção de um oficial de justiça, o material genético de Lydia e da recém-nascida foram coletados, e o choque foi completo quando os resultados afirmaram que ela também não seria mãe da criança que todos viram nascer, e que havia sido concebida de forma natural. Foi somente diante desse resultado bizarro e objetivamente impossível que um advogado chamado Alan Tindell assumiu o caso – e a insólita situação começou então a ser contornada. Após muito pesquisar e enfim encontrar situações semelhantes, Tindell propôs que a mãe de Lydia fosse testada: o resultado confirmou que ela era geneticamente avó das crianças.
A história de Lydia Fairchild tornou-se tema de documentário
-Como um site de genealogia ajudou a solucionar um duplo assassinato ocorrido em 1987
Foi somente após a realização de novos exames, retirando material genético não dos ovários, como nos testes anteriores, mas agora do colo do útero de Lydia, que enfim o resultado comprovou: a maternidade enfim foi confirmada, e a confusão explicada pelo fato dela ser um raro caso de “quimera humano”. Durante sua formação uterina, a mulher absorveu parte de uma irmã que também se desenvolvia, mas que não se formou por inteiro: os ovários de Lydia, porém, permaneciam geneticamente como sendo parte dessa irmã que jamais existiu – ela, portanto, tinha dois conjuntos diferentes de DNA em si. fazendo com que, de certa forma, também fosse tia de seus filhos, e parcialmente irmã dela mesma.
-Gêmeas nascem com cores de pele diferentes e é impossível não amar essa raridade genética
O nome da rara condição, registrada em humanos somente em 40 casos na literatura médica, se explica pela mitologia grega, na qual uma Quimera é um ser formado por uma cabeça de leão, um corpo de cabra e uma cauda de serpente. A história é tão inacreditável que virou tema do documentário inglês The Twin Inside Me (A gêmea dentro de mim, em tradução livre).
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