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A descoberta recente de um crânio de peixe fossilizado de nove milhões de anos se revelou extraordinária e até mesmo um tanto bizarra, mas não tanto pela idade ou as características do fóssil propriamente, e sim pelo que os paleontólogos descobriram dentro do osso.
Eles encontraram uma quantidade de fezes, igualmente fossilizadas, oriundas de vermes que comeram a cabeça do animal no distante passado. É a primeira vez na história que pesquisadores encontram um crânio fossilizado em fezes, que preencheram os espaços da formação óssea conforme os vermes se alimentaram e deixaram seus dejetos.
O fóssil do crânio de um peixe recheado pelas fezes de vermes, encontrado nos EUA
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O crânio fossilizado e tomado por excrementos pertenceu a um peixe da espécie Astroscopus countermani, atualmente extinta, e foi encontrado em Calvert Cliffs, ao sul do estado de Maryland, nos EUA. O estudo registrando a descoberta foi realizado por pesquisadores ligados ao museu Calvert Marine Museum, no estado, junto de cientistas da Universidade de Pisa, na Itália, e foi publicado na Rivista Italiana di Paleontologia e Stratigrafia, revista científica italiana especializada em paleontologia.
A região nos EUA onde o crânio foi encontrado é conhecida como um rico sítio arqueológico, abrigando fósseis do período Mioceno, de 8 a 18 milhões de anos atrás.
Detalhe dos coprólitos encontrados fossilizados dentro do osso
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Com cerca de 2,5 mm cada, os detritos encontrados dentro do crânio são chamados de coprólito, nome técnico para fezes fossilizadas. O nome científico Coprulus oblongus descreve a forma das centenas de fezes, significando “pelotas fecais oblongas”, em tradução livre, que preencheram o crânio do animal.
A “refeição” dos vermes aconteceu embaixo da água, em um período em que o oceano cobria o estado de Maryland, e provavelmente incluiu o cérebro do peixe.
Detalhe dos coprólitos descobertos em Maryland
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O crânio do Astroscopus countermani não foi a única descoberta relevante da recente escavação na região de Calvert Cliffs: outros depósitos de coprólitos foram encontrados em sedimentos arenosos, conchas ou em cracas. Entre tais fósseis estavam as fezes de um crocodilo do período Mioceno com 18 centímetros de comprimento.
De acordo com a pesquisa, à época era comum que as massas fecais de animais se tornassem alimentos para outras espécies, em uma prática conhecida como coprofagia, de vital importância: não fosse essa “reciclagem” das fezes, o fundo do oceano estaria coberto de excrementos.
O imenso cocô de jacaré fossilizado encontrado junto ao crânio e outros coprólitos
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