Empreendedorismo

Chefes admirados levam a funcionários mais produtivos, diz pesquisa

28 • 03 • 2022 às 10:20
Atualizada em 29 • 03 • 2022 às 18:28
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Chefes que exerçam de forma positiva e afirmativa sua liderança e influência causando admiração entre os funcionários são capazes de melhorar o ambiente e o trabalho de tal forma que conseguem assim aumentar a produtividade de uma equipe. Essa é uma das diversas conclusões de uma pesquisa realizada pela OnePoll em nome da Motivosity com 2 mil trabalhadores dos EUA no ano passado, examinando o papel que a relação entre chefes e gerentes e os funcionários pode possuir em um espaço de trabalho – e mais: de acordo com o levantamento, para os trabalhadores um feedback dedicado, retornando impressões, opiniões e avaliações sobre o trabalho, é mais importante do que um eventual aumento de salário.

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Segundo a pesquisa, o feedback é o ponto mais importante da relação com um “bom” chefe (53%), seguido da remuneração extra (48%) e de uma comunicação honesta (48%), em um quadro que apontou que 78% dos profissionais têm um de seus chefes ou gerentes como modelo. As qualidades mais admiráveis que um líder pode apresentar em um contexto de trabalho, de acordo com o levantamento, são atitude positiva (46%), habilidades de comunicação (46%) e capacidade organizacional (43%). Além dos já citados, outros pontos afirmativos de uma boa relação apresentados pela pesquisa são um maior reconhecimento, reuniões individuais mais frequentes, mais responsabilidades, mais transparência na direção da empresa e uma maior disposição para ouvir comentários e preocupações.

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“Os membros da equipe se esforçam ao máximo quando trabalham para alguém que respeitam e confiam”, afirmou Logan Mallory, vice-presidente de marketing da Motivosity. “Os melhores gerentes agem mais como treinadores: definem as prioridades certas, fazem check-in individuais e adotam uma abordagem consultiva em vez de ser diretivo. Se os gerentes fizerem isso e garantirem que o trabalho diário de sua equipe seja notado e apreciado, fará toda a diferença”, disse, lembrando que o efeito de uma boa influência a partir da liderança possui efeito a longo prazo: para 71% dos entrevistados, as chefias afetam o comportamento do funcionário diariamente.

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Os pontos considerados mais negativos dentro da relação também foram apontados pelo levantamento: de acordo com a pesquisa, as quatro coisas que os trabalhadores participantes menos desejam em suas relações com seus chefes são reuniões inúteis (55%), emergências de última hora (47%), microgestão (40%) e solicitações de trabalhos em hora extra (32%). “Os gerentes são a chave para as grandes culturas da empresa. Eles afetam a forma como as pessoas se sentem ao ir trabalhar todos os dias. Essencialmente, 46% de sua equipe está pedindo líderes que tragam uma atitude positiva para o trabalho e se comuniquem de forma consistente. Isso requer uma abordagem intencional e as ferramentas certas, mas não requer orçamentos enormes ou anos de treinamento”, afirmou Mallory.

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© fotos: Getty Images


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