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O Dia Internacional da Mulher é sempre marcado por importantes manifestações em todo o mundo. Mas em São Paulo, a última vez que pisamos na Avenida Paulista para falar sobre igualdade de gênero já completava dois anos. Ainda meio à pandemia, voltamos a caminhar pelos nossos direitos.
Levantando bandeiras pelo fim do feminicídio, pelo respeito, por melhores condições de trabalho e pela saída de políticos misóginos do poder, mulheres de todas as idades origens e cores se uniram para pedir um basta no machismo estrutural que nos oprime diariamente.
A data é reconhecida pela ONU desde 1975, mas a marcha oficial passou a acontecer a partir do ano 2000, quando grupos de 159 países se uniram para reivindicar os direitos das mulheres.
Neste ano, a manifestação tem um gostinho especial, como falou Paula Nunes, covereadora pela Bancada Feminista do Psol. “Em 2021 a gente ficou sem o ato de rua e agora em 2022 a gente volta para lembrar as mais de 650 mil mortes pelo coronavírus que aconteceram no nosso país por uma política genocida e irresponsável do governo Bolsonaro, para lembrar todas as mortes por violência policial, pelas mães negras que choram as mortes de seus filhos e pelas mulheres que sofrem com a precarização do trabalho. Hoje é um dia de muita luta pelo movimento feminista”.
Munidas de máscara de proteção, roupas roxas e lilases, cartazes, instrumentos musicais e megafones, centenas de mulheres reivindicaram mais uma vez pelo que ainda parece básico. O poder de decisão sobre nossos corpos, a legalidade do aborto e políticas de inclusão à comunidade LGBT também marcaram o ato.
—Dia Internacional da Mulher: 10 livros escritos por mulheres que valem a leitura
A carioca Larissa Lee, que mora há 20 anos em São Paulo, foi à marcha para falar sobre os direitos das mulheres transsexuais. Numa vida de muita luta, ela conseguiu se formar fotógrafa vendendo balas e hoje divulga seu primeiro livro, “Não sou sobrevivência e sim resistência”.
“Depois de várias violências que vivi, eu luto por um basta à violência contra a mulher. As pessoas precisam olhar para a comunidade LGBT+ com mais carinho. A gente vê as mulheres sendo mortas por motivos banais, a transsexual sendo assassinada com requintes de crueldade”, disse. “Este livro que estou escrevendo é para mim, mas para ajudar outras meninas que se descubram trans”.
Um dos destaques foi a queima de um boneco do deputado estadual Arthur Do Val, também conhecido pelo maduro nome de Mamãe Falei, em meio à Avenida. Estampado com a frase “Pegam fogo fácil porque são machistas”, o boneco foi incendiado em protesto aos áudios enviados por Do Val falando sobre mulheres em situação de vulnerabilidade na Ucrânia.
#8M: boneco de Mamãe Falei é incendiado na marcha das mulheres na avenida Paulista.
Vídeo: Elineudo Meira @fotografia1975 pic.twitter.com/62kOTfLjSL
— Ivan Longo (@ivanlongo_) March 9, 2022
Com o tema oficial “Pela Vida das Mulheres, Bolsonaro nunca mais! Por um Brasil sem machismo, sem racismo e sem fome!”, grande parte dos cartazes e das falas pediam a saída do presidente Jair Bolsonaro, de Arthur Du Val, entre outros políticos que expõe sua misoginia.
Questionamentos sobre quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes, fato que já completa 4 anos sem respostas, também apareceram aos montes no ato, além de
Pautas do feminismo negro também marcaram a marcha, mais uma vez falando sobre a necessidade de entender a conexão entre raça e gênero.
“Feminismo negro, deste a década de 1960, 1970, vem se colocando para não ser um aspecto acessório nem do feminismo nem do movimento negro. É importante que cada vez mais as mulheres negras adquiram protagonismo na ocupação de espaços, seja na política, no esporte ou em suas respectivas profissões. Num país como o Brasil, de maioria negra, é impossível falar de feminismo sem falar de feminismo negro”, disse Paula Nunes.
O coletivo Linhas de Sampa, formado por mulheres de esquerda que bordam, estava presente na marcha distribuindo peças com pautas feministas e pelos direitos humanos. O coletivo nasceu em abril de 2018 e desde então faz rodas de mulheres para ensinar o bordado em praças e parques.
“O bordado passou daquele lugar proibitivo de que a mulher para estar preparada para o casamento, precisava saber bordar, costurar. Então a nossa geração negava isso. Hoje a gente recoloca o bordado em outro lugar, na nossa forma de militância, de fazer política”, explica Reiko Miura.
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