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As cores vibrantes, padronagens autorais e variedade de tecidos marcam a nova coleção do estilista Petrvs Figueira. O designer se inspirou nas festas de aparelhagem de Belém do Pará durante os anos 1990 para criar a Muleke Doido, repleta de peças que resgatam a cultura periférica através de memórias afetivas.
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“Muleke Doido é uma resposta debochada às discriminações dentro de nossas próprias comunidades, transformando a pivetada em protagonista. “
Ao longo dos sete minutos de fashion film, roupas com recortes esportivos e volumetrias ousadas vestem os modelos, que desfilam pela rua da casa de Petrvs e pontos turísticos da cidade. A diversidade do casting se relaciona diretamente com a cartela de cores: uma mistura de tons terrosos, em homenagem às casas de alvenaria, e cítricos.
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Petrvs escolheu utilizar como tecidos principais algodão, malha e tactel, que se adaptam bem ao clima da região. O nylon reflexivo das jaquetas representa a iluminação das mesas de aparelhagem e os fios metálicos dos postes de energia. Esses últimos também são referenciados na peça com franjas pretas.
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As franjas pretas fazem referência às linhas metálicas dos postes de energia.
A estampa de rostos também é criação do estilista, que se inspirou nos amigos e vizinhos de infância mais “apivetados”. O nome “SACRABALA” que aparece em uma das peças é o apelido do bairro da Sacramenta, conhecido por ser uma região de violência.
A padronagem de rostos ilustrada por Petrvs é a alma da coleção.
“SACRABALA” é o apelido do bairro da Sacramento, conhecido por ser uma região violenta.
A valorização da cultura periférica de Belém do Pará também se apresenta em outros detalhes do projeto. Sucessos da house music utilizados nos atos de abertura das aparelhagens formam a trilha sonora do fashion film, que começa ao som de “It’s a Rainy Day”, de Ice MC. A escolha é uma referência à imprevisibilidade do clima da cidade e à pandemia de Covid-19.
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As cores vibrantes se unem aos recortes esportivos.
Além de ser um desdobramento do livro Mente Em Flama (2021), o primeiro escrito por Petrvs, Muleke Doido é fruto do Edital Prêmio Vicente Salles de Experimentação Artística 2021, uma realização da Fundação Cultural do Estado do Pará e do Governo do Pará. Também recebeu o apoio de instituições parceiras, como Kasa Coentro e AfroLab Moda.
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O painel de LED exibe a frase“PERIFERIA RESISTE”, uma alusão ao bordão criado pela produtora Kondzilla “A favela venceu”.
A modelo Anastacia Marshelly é travesti e foi a responsável por fechar o desfile, representando a força e o talento do jovens periféricos.
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