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Nascido na pequena cidade de Aberdeen, no estado de Washington, nos EUA, em 20 de fevereiro de 1967, o músico estadunidense Kurt Cobain é um perfeito exemplo de compositor que que utilizava as próprias experiências – e dores – como matéria prima para a poética de suas canções: em um estilo muitas vezes considerado difícil de ser decifrado ou compreendido, o líder do Nirvana em suas letras costumava, em verdade, trazer imagens e sentimentalidades do que vivia ou havia vivido – e principalmente do que sentia. Muitas dessas inspirações profundas vinham de sua infância, época inicialmente feliz, mas que se desdobraria em períodos turbulentos, quando Cobain vivenciou grandes momentos de euforia, segundo relatava, mas também as dores que definiriam toda sua vida.
O pequeno Kurt, ao lado do violão e com uma pandeirola nas mãos, no início dos anos 70
Ainda bebê, Kurt Cobain dormindo com seu urso preferido
-Violão de Kurt Cobain é leiloado como o mais caro da história
Foi para oferecer cenários, feições, aparências e semblantes concretos a essa infância indireta e poeticamente retratada pelo compositor em algumas de suas canções que o site Vintage Everyday reuniu 33 fotos, algumas raras e surpreendentes, dos primeiros anos de vida de Kurt Cobain – desde a mais tenra infância até a adolescência, quando o natural interesse e a aptidão para a música que o artista demonstrou possuir desde muito pequeno começava a se tornar em uma prática. Filho da garçonete Wendy Elizabeth Fradenburg e do mecânico de automóveis Donald Leland Cobain, Kurt passou seus primeiros anos em uma típica casa de classe média baixa, ao lado de sua irmã mais nova Kim, desenhando, tocando e cantando, como uma criança sensível, alegre e cheia de energia, que demonstrava talento evidente para as artes – na música, mas também no desenho e na pintura.
O artista dizia que a infância foi sua época mais feliz
Ao lado de sua irmã, Kim, em um período de natal
-O som e a fúria do disco Nevermind, do Nirvana
As primeiras e mais importantes descobertas musicais durante a infância e a adolescência de Kurt foram os Beatles, as emblemáticas bandas e os artistas da década de 1970 – como Aerosmith, Kiss, AC/DC, New York Dolls, Bay City Rollers, Queen, David Bowie, Alice Cooper – e principalmente o punk e seus desdobramentos, através dos Ramones e dos Sex Pistols e, em seguida, Black Flag, Bad Brains, The Clash, REM, Sonic Youth, Pixies, Melvins e mais. Um evento, porém, ocorrido durante sua infância se revelaria determinante para o resto de sua vida, como uma espécie de gatilho para a depressão que acompanharia Cobain até o fim: o divórcio de seus pais, quando ele tinha 9 anos.
A separação dos pais marcaria para sempre sua vida e temperamento
-Documento escrito à mão revela os 50 melhores discos de todos os tempos para Kurt Cobain
“Eu me lembro de me sentir envergonhado: eu tinha vergonha dos meus pais”, comentou sobre o tema, em entrevista, em 1993. “Eu não conseguia olhar meus amigos na escola, pois queria desesperadamente ter a típica família, mãe e pai, eu queria aquela segurança”, afirmou. Após a separação, Kurt viveria tanto com o pai quanto com a mãe, mas a instabilidade o levaria a passar longos períodos na casa de amigos e familiares, e um sentimento de rejeição e abandono passaria a se afirmar imperativamente sobre seu temperamento. Na canção “Serve The Servants”, do disco In Utero, de 1993, ele aborda o assunto, cantando que “tentou muito ter um pai, mas ao invés ele teve um ‘papai’”, e que aquele “divórcio lendário” era “um tédio”.
Kurt ao piano: a aptidão para a música se revelaria desde muito cedo
Diversas gravações mostram o jovem Kurt em seus primeiros passos musicais
O natal em que Kurt ganhou uma bateria infantil de presente
-Estas são as últimas fotos de Kurt Cobain antes de tirar a própria vida
Em algumas entrevistas, o artista afirmou que a infância, especialmente o período anterior à separação de Wendy e Donald, foi o período de mais clara e firme felicidade de sua vida. Aos 14 anos, Kurt ganhou a primeira guitarra de um tio: após aprender algumas canções dos Beatles, do Led Zeppelin e do Queen, ele rapidamente começou a escrever músicas originais, invertendo as cordas do instrumento para tocá-lo como canhoto. Em 1985 ele formaria sua primeira banda e, em 1987 e já ao lado do baixista Krist Novoselic, enfim formaria o Nirvana – que, quatro anos depois, em 1991, tomaria o mundo de assalto, e transformaria a face e a sonoridade do rock e da cultura de sua época e para sempre.
Sua infância se tornaria tema recorrente em suas futuras canções
Um Kurt Cobain já adolescente, quando o punk começou a tomar seus ouvidos e coração
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