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A tradição sugere que cristãos não devem consumir carne no feriado de Sexta-Feira Santa, quando o bacalhau costuma entrar em cena – ou na mesa – para substituir a proteína e estrelar o cardápio de Páscoa. A origem de tal costume é evidentemente religiosa, como parte essencial das práticas cristãs ao redor de uma das datas mais importantes do calendário da Igreja, mas o que ele representa? E qual é de fato o hábito alimentar recomendado pela Igreja, as escrituras e a própria recomendação oficial do Vaticano para o cardápio da data que reconhece o sacrifício de Jesus Cristo, de acordo com o que diz a Bíblia?
A renúncia à carne e adesão ao jejum se sugere em reconhecimento ao sacrifício de Cristo
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A abstinência de carne representa o respeito ao sofrimento atravessado por Jesus, segundo a bíblia, para salvar os pecados da humanidade. Segundo o Código de Direito Canônico, livro que determina as regras da Igreja Católica e de seus seguidores, porém, a recomendação de renunciar à carne vai além, sugerindo outros atos de sacrifício, como jejum, para a prática, que deve se estender por todo a quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, e mais: de acordo com a página 365 do Código, a correta conduta exige que se abra mão do consumo de carne em todas as sextas-feiras do ano, e não só a santa – e nem se restringe à carne de boi.
Em verdade, o texto não recomenda o bacalhau ou outro peixe para a data considerada santa
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“Na pedagogia da Igreja, há tempos em que os cristãos são especialmente convidados à prática da penitência, a Quaresma, e todas as sextas-feiras do ano”, diz o trecho, no livro, que define a tradição. “A penitência é uma expressão muito significativa da união dos cristãos ao mistério da Cruz de Cristo. Por isso, a Quaresma, enquanto primeiro tempo de celebração anual da Páscoa, e a sexta-feira, enquanto dia da morte do Senhor sugerem naturalmente a prática da penitência”, diz o texto, que também explica que o jejum se define pela limitação a uma única refeição por dia.
Quadro pintado em 1446 pelo artista florentino Biagio d’Antonio, representando a “Via Dolorosa”
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Curiosamente, o Código cristão se refere somente e generalizadamente à renúncia de “carne”, sem determinar qual origem animal do alimento proibido, como símbolo de abstinência e escolha por uma “alimentação simples e pobre” para representação sacrificial. “A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja era a abstenção de carne. Será muito aconselhável manter estar forma de abstinência, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma”, diz o livro. A substituição da carne vermelha por carne de peixe e especialmente de bacalhau, portanto, não é realmente aceita ou recomendada pela Igreja Católica, e se mantêm como uma tradição criada a partir de uma leitura equivocada das escrituras, ou simplesmente por uma – saborosa – conveniência.
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