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Aos 82 anos, Margaryta Zatuchna deixou sua casa na cidade de Carcóvia, na Ucrânia, no último dia 30 de março, para escapar do confronto que assola o país. Essa não é, porém, a primeira vez que a ucraniana tem de migrar para outro país por conta de uma guerra.
Nascida em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial e sob a ameaça nazista, com apenas 1 ano ela teve de fugir com sua família, dias antes de Hitler invadir sua cidade, na direção dos Montes Urais – a família voltaria para Carcóvia em 1943, quando os russos retomaram o controle da cidade, onde mais de 16 mil judeus foram assassinados pelos nazistas. 81 anos depos, porém, a situação se inverteu, e é o ataque russo que obriga Zatuchna a mais uma vez ter de deixar sua amada cidade natal.
Margaryta Zatuchna chegando em Cracóvia, após deixar sua Ucrânia – pela segunda vez na vida
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Inicialmente, Zatuchna havia decidido permanecer em sua casa, cuidando de Valerii Verbitski, seu marido adoecido. Os ataques russos alcançaram Carcóvia em 24 de fevereiro, e no dia 20 de março ela acordou para encontrar o esposo de tantos anos sem vida. A guerra impediu que ele sequer tivesse o velório e enterro devidos.
Contando com a ajuda do irmão, que vive nos EUA, ela então iniciou uma longa jornada para deixar o país – saindo primeiro num carro na direção da cidade de Lviv para, em seguida, contar com a ajuda voluntária de um motorista de ambulância norueguês para enfim chegar até a cidade de Cracóvia, na Polônia.
Margaryta em 1940 no colo de sua mãe, poucos meses antes de ter de fugir dos nazistas
Detalhe de uma foto de família tirada há cerca de 25 anos: Margaryta está de óculos e blusa rosa, com seu marido à sua direita
-Guerra: quem são os jornalistas mortos no conflito entre Rússia e Ucrânia
Em território polonês, a engenheira e sobrevivente do Holocausto foi recebida com honrarias no Centro Comunitário Judaico, onde finalmente pôde se sentir segura novamente.
“É muito difícil para mim ver minha cidade amada, minha linda cidade, onde vivi toda minha vida, ser destruída”, comentou, em reportagem da CNN. “Eu não consigo entender tanta destruição: pra quê?”, pergunta a ucraniana, que descreveu que a jornada até deixar seu país foi difícil não somente pela viagem propriamente, mas também por ter passado por diversos pontos bombardeados e destruídos.
Cidadão andando por entre as ruínas de parte de Carcóvia após bombardeio russo recente
-Covid-19: fotógrafa clica ruas vazias da Polônia em quarentena
Segundo revelou, ela não teve medo ao longo das cinco semanas em que permaneceu em sua casa enquanto a Ucrânia era atacada, mas sua jornada não terminou na Polônia.
Zatuchna aguarda receber o visto para entrar nos EUA e visitar seu irmão na cidade de Nova Jersey. Seus planos não são, porém, de se tornar uma refugiada e permanecer em solo estadunidense ou em outro país longe do conflito: a senhora que fugiu, ainda bebê, dos ataques nazistas, e que agora mais uma vez deixou a Ucrânia por conta da guerra contra a Rússia, deseja voltar para Carcóvia para poder enterrar devidamente seu marido, com quem viveu por mais de quatro décadas.
Margaryta Zatuchna já em solo polonês: seu próximo destino é os EUA, para encontrar o irmão
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