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Um acidente inédito envolvendo peixe-leão aconteceu no Brasil. O pescador Francisco Mauro da Costa Albuquerque, (24), pisou em um animal da espécie na Praia de Bitupitá, em Barroquinha, cidade do interior do Ceará, e sofreu com dores e convulsões, além de duas paradas cardíacas.
O peixe-leão é altamente venenoso.
Apesar do peixe-leão ser encontrado em diferentes pontos do litoral cearense, como Jericoacoara, nunca existiu caso como esse no país. “Esse é o primeiro acidente de peixe-leão registrado no Brasil em campo, em ambiente raso. Havia sido registrado alguns acidentes, mas em aquários, por pessoas que trabalham em aquários. Isso mostra que o animal está invadindo o ambiente”, contou Marcelo Soares, professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
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Após o acidente, o jovem pescador ficou internado por seis dias. De acordo com Ana Vitória Alves Laurindo, esposa da vítima, ele teve grande evolução no quadro de saúde e já recebeu alta, mesmo sentindo dores no peito e na região da picada até, pelo menos, o dia 25 de abril.
O peixe-leão é natural do Indo-Pacífico.
Da família Scorpaenidae, o peixe-leão é nativo do Indo-Pacífico. Depois que o Furacão Andrew atingiu a Flórida, em 1992, ele passou a viver nos mares do Caribe. Tempos mais tarde, um acidente fez com que espécimes de um aquário fossem libertados diretamente no oceano. Após cruzarem os recifes de corais do Rio Amazonas, eles chegaram ao Brasil.
São animais carnívoros e costumam se alimentar de animais invertebrados, como camarões. Além de agressivos também são altamente venenosos.
Sim. Através de seus 18 espinhos peçonhentos, o peixe-leão é capaz de injetar uma toxina neuromuscular nas vítimas. Apesar desses ataques frequentemente não serem letais, eles causam febre, dores, fraqueza muscular, náuseas, respiração ofegante e tontura. Em casos mais graves, como o do jovem pescador, podem gerar convulsões.
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Além de se reproduzir muito rápido, o peixe-leão não tem predadores naturais.
Por ser uma espécie invasora, o peixe-leão não é reconhecido como presa por nenhum outro animal, ou seja, ele não tem predadores naturais. Além disso, ele se reproduz rapidamente: dois dias após o acasalamento, os filhotes nascem, e 48h depois, já crescem e aprendem a se alimentar sozinhos.
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Esses fatores, aliados à dieta voraz do peixe-leão, transformam a presença da espécie nos mares brasileiros em um problema para o ecossistema. Ainda de acordo com Marcelo, registros do animal em ambientes rasos “demonstram que o processo de invasão pode ser bastante rápido, afetando a biodiversidade local, a pesca artesanal, o turismo, sendo também um problema de saúde pública”.
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