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Milton Nascimento anunciou que irá realizar esse ano sua turnê de despedida dos palcos. O lançamento da turnê é acompanhado por outra notícia que ilumina a importância da obra do cantor e compositor: o clássico Clube da Esquina, lançado em 1972 reunindo a luminosa geração de músicos de Minas Gerais da qual Milton Nascimento faz parte, foi eleito como o maior disco brasileiro de todos os tempos.
Milton liderou o disco e o “clube” ao lado de Lô Borges, acompanhados de nomes como Ronaldo Bastos, Beto Guedes e Fernando Brandt. Para a turnê, celebrando os 60 anos de carreira de uma das maiores vozes da música mundial em todos os tempos, já foram confirmados shows em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, além dos EUA e a na Europa
A icônica capa de “Clube da Esquina”, com os meninos Cacau e Tonho
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A eleição foi realizada pelo podcast Discoteca Básica, e anunciada como “a maior e mais abrangente eleição já feita no país a respeito de LPs e CD”. Segundo o site, para eleger os 10 melhores discos brasileiros de todos os tempos, foram reunidos 162 especialistas de diferentes áreas dentro da música, como “jornalistas, youtubers, podcasters, músicos, produtores etc…”, e cada um apresentou sua lista pessoal com os 50 melhores discos do Brasil.
Milton se apresentando em 2017
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Nomes como os jornalistas Nelson Motta, Jotabê Medeiros, Mauro Ferreira e Sergio Martins se juntaram aos de produtores e músicos como Pupilo, Kassin, Leoni, Lampadinha, André Abujamra e outros para chegarem ao Top 10 da história da música brasileira – e colocar o Clube da Esquina no topo. O resultado segue com Acabou Chorare, lançado pelos Novos Baianos em 1972, na segunda colocação, e Chega de Saudade, histórico disco de João Gilberto lançado em 1959, em terceiro, para completar o pódio da MPB.
A lista dos dez mais pode ser vista no fim da matéria, mas o resultado completo do pleito será publicado no livro “Os 500 Maiores Álbuns Brasileiros de Todos os Tempos”, que se encontra em campanha de financiamento coletivo.
O canto no início de sua carreira, em 1969: apesar de um símbolo de Minas, Milton nasceu no Rio
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Compreendido como um documento geracional e um avanço radical – estético, rítmico, poético – para a música brasileira, o disco de Milton Nascimento e Lô Borges mistura o rock sob forte influência dos Beatles com o jazz, a bossa nova e ritmos nacionais como a música folclórica mineira e as tradições rítmicas e poéticas negras, para abrir um dos caminhos mais celebrados da nossa música. Não por acaso, o disco é adorado e compreendido no mundo inteiro como um dos “movimentos” mais importantes do período.
Milton ao vivo, na época do lançamento de “Clube da Esquina”
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Trazendo clássicos como “Cais”, “O Trem Azul”, “Nuvem Cigana”, “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “Clube da Esquina nº 2”, “Nada Será Como Antes” e “Tudo Que Você Podia Ser” entre muitos outros, Clube da Esquina é ainda abrilhantado ao infinito pela voz insuperável de Milton Nascimento, que completa, em 2022, 60 anos de carreira e 80 anos de vida. Assim, a turnê de despedida, intitulada A Última Sessão de Música, é um adeus mas também uma festa, em celebração pela obra de um dos maiores cantores de todos os tempos.
O artista, em foto recente, para a divulgação de sua turnê de despedida
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“Eu jamais poderia encerrar essa parte da minha vida de tantos anos de estrada sem homenagear aqueles que me acompanham esse tempo todo: os fãs. Essa turnê foi pensada especialmente para vocês”, afirmou Milton, em nota, que ainda confirma que seria “impossível fazer essa despedida sem colocar no repertório músicas de todas as fases da carreira”. Até aqui foram confirmados shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de apresentações na Europa e nos EUA.
Em São Paulo, Milton Nascimento irá cantar nos dias 26 e 27 de agosto e 01 e 02 de setembro no Espaço Unimed, antigo Espaço das Américas: as duas primeiras datas, porém, já se encontram esgotadas.
1. Clube da Esquina (1972) – Milton Nascimento e Lô Borges
2. Acabou Chorare (1972) – Novos Baianos
3. Chega de Saudade (1959) – João Gilberto
4. Secos & Molhados (1973) – Secos & Molhados
5. Construção (1971) – Chico Buarque
6. A Tábua de Esmeralda (1974) – Jorge Ben Jor
7. Tropicália ou Panis et Circencis (1968) – Vários artistas
8. Transa (1972) – Caetano Veloso
9. Sobrevivendo no Inferno (1997) – Racionais MC’s
10. Elis & Tom (1974) – Elis Regina e Tom Jobim
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