Inspiração

Artista fala sobre decisão de não raspar os pelos do corpo: ‘Hora de me libertar’

01 • 06 • 2022 às 10:14 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Se você não conhece Esther Calixte-Bea, a mulher por trás do ispirador perfil Queen Esie, no Instagram, chegou a hora de conhecer. Artista, pintora, modelo e ativista a favor dos pelos corporais femininos, ela aborda temas como beleza, identidade, individualidade e vulnerabilidade em várias formas que muitas vezes partem de suas próprias experiências e cultura.

Nascida em Longueuil, no Canadá, de ascendência haitiana e marfinense, a história de Esther “Queen Esie” Calixte-Bea com o empoderamento começa uma garota tímida, com medo de que os outros notassem seus pelos no peito, até se tornar uma mulher inspiradora que já teve seu trabalho apresentado em diversas publicações – incluindo a capa da edição sobre amor próprio da Glamour UK.

—Retratos capturam a beleza das mulheres da tribo Suri da Etiópia

Auto-retrato de Esther Caliste-Bea na capa da Glamour UK

Auto-retrato de Esther Caliste-Bea na capa da Glamour UK

Com 11 anos, ela tinha pelos nos braços e nas pernas, suas costeletas estavam se enchendo, ela crescerem pelos em seu peito. Sua mãe marcou uma primeira depilação antes de terminar a sexta série. Ela achou a experiência horrível e só sabia que estava fazendo aquilo por causa de sua mãe e das normas sociais impostas às mulheres.

Para Calixte-Bea, o preço de se tentar se encaixar e mirar sua carreira de modelo foi a eletrólise, um procedimento caro e demorado de depilação. A certa altura, Calixte-Bea estava pagando os tratamentos com seus empréstimos estudantis. Seu corpo também não reagia bem ao tratamento estético.

Ela passou então a pensar em maneiras de expressar o que estava passando e finalmente se libertar desses padrões sociais de beleza que foram impostos a ela quando jovem. Como explicou à Glamour:

Concluí que não havia nada de errado comigo, mas com a sociedade, pois ela está se beneficiando do ‘auto-ódio’ das mulheres, que elas incentivam ao promover a imagem da mulher ideal para ganhar bilhões em cima de nossas inseguranças, em detrimento da nossa saúde física e mental.

Esther criou, em 2019, o Projeto Lavender, uma série de autoretratos que consiste em um vestido lavanda que a artista fez e onde mostrava os pelos do peito pela primeira vez. Este projeto libertador foi onde ela criou também seu lema “Poder: Mostramos os pelos do corpo com classe”.

Originalmente, mostrar os pelos do meu peito não era empoderador. Eu simplesmente fiz isso para me libertar desse fardo e viver autenticamente, eu até esperava que isso ajudasse outros como eu. Depois de ouvir histórias diferentes de todo o mundo, foi quando percebi o quão impactante meu projeto foi e quão verdadeiramente empoderador foi abraçar a mim mesma.

Conheça o trabalho de Queen Esie nas redes sociais.

—Finalmente um anúncio de lâmina de depilação onde as pessoas tem pelos

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