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O Ministério Público do Mato Grosso iniciou investigações contra 24 prefeituras do estado por contratações de shows com cachês milionários sem licitação.
A apuração deve rever contratos de diversos artistas, em especial do ramo sertanejo.
Gusttavo Lima e Zé Neto: sertanejos bolsonaristas receberam dinheiro público de prefeituras em contratos sem licitação
A polêmica começou após Zé Neto, da dupla Zé Neto & Cristiano, criticar a Lei Rouanet e uma tatuagem íntima da cantora Anitta durante um show na cidade de Sorriso (MT). A partir daí, diversos contratos que começam na casa das centenas de milhares de reais e chegam a mais de R$ 1 milhão foram revelados pela imprensa ao público.
A própria cidade de Sorriso, onde o show foi realizado, será investigada. No total, apenas três cidades mato-grossenses ficarão de fora da apuração do Ministério Público.
Além disso, os MPs de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Roraima também estão investigando os shows, no que se cunhou popularmente como ‘CPI do Sertanejo’. Atualmente, não existe Comissão Parlamentar de Inquérito que investigue os casos.
Nas palavras do procurador-geral de Justiça do Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira, a força-tarefa tem como fim a “defesa do patrimônio público e da probidade administrativa” e deve apurar diversos contratos.
As contratações não são ilegais, mas levam suspeitas sobre desvios de verbas e a própria boa utilização dos recursos públicos.
Nesta semana, foi revelado que o cantor sertanejo Gusttavo Lima receberia R$ 1,2 milhão da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro (MG). A verba era oriunda do fundo de Compensação Financeira pela Exploração Mineral, cuja destinação é o investimento em educação, saúde e infraestrutura.
Gusttavo Lima também recebeu dinheiro via emendas do deputado federal e pré-candidato à presidência André Janones (Patriota-MG), além de um cachê de R$ 800 mil da cidade de São Luiz, cidade com 8 mil habitantes em Roraima.
Os diversos cachês foram revelados publicamente. A dupla Zé Neto e Cristiano recebeu valores entre R$ 180 mil e R$ 550 mil, enquanto Bruno & Marrone levam cerca de R$ 500 mil por shows.
O valor máximo recebido para cachês em projetos da Lei Rouanet é de R$ 3 mil, valor bem abaixo do recebido pelos sertanejos.
Leia também: ‘Tudo culpa da Rouanet’: Não, amigo, sem a Lei Rouanet o Brasil não seria a Suécia
Gusttavo Lima afirmou em uma live no Instagram que não tem ligação com “dinheiro público”, mas confirmou que recebeu os cachês das prefeituras. Em nota, sua assessoria se manifestou dizendo que “não é papel do artista fiscalizar as contas públicas”.
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