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Vinhos no mundo todo levam aditivos em sua fabricação. Esses componentes servem para controlar a vida útil do vinho nas prateleiras, além de trabalharem como agentes antiespumantes, estabilizantes e corantes. Mas tudo isso não só afeta o vinho, mas a nossa saúde. Agora, fornecedores de vinhos naturais apresentam garrafas com zero açúcar, baixo teor alcoólico, sem aditivos e cultivados com métodos de agricultura regenerativa sem pesticidas – do jeito que os romanos faziam.
Estas vinícolas estão dispensando os aditivos para fazer vinho como os romanos faziam
Os aditivos de vinho fazem uma variedade de coisas que facilitam a produção de vinho. Nos Estados Unidos existem 76 aditivos de vinificação aprovados pela FDA, enquanto a União Europeia permite 59 aditivos. Já no Brasil, a Anvisa permite 22 aditivos e 48 substâncias coadjuvantes.
“Você tem essas empresas gigantes [que] fazem milhões e milhões de caixas de vinho. Elas não querem que você saiba disso, então se escondem atrás de milhares de marcas e rótulos para enganá-lo. Eles colocam uma casa de fazenda ou um animal ou um castelo no rótulo para que você acredite que está bebendo [vinho] desse lugar, quando, na verdade, a maioria desses vinhos é feita em gigantescas vinícolas localizadas no Vale Central da Califórnia”, denuncia Todd White é fundador da Dry Farm Wines.
Ele falou sobre a produção de vinhos norte-americana no Podcast Revolution Health Radio, que fala sobre medicina funcional e saúde ancestral. Sua empresa, a Dry Farm Wines, entrega caixas de vinho de dezenas de vinicultores naturais, garantindo o controle de qualidade com seu próprio padrão de vinho natural.
“Os vinhos naturais são cultivados em quantidades limitadas por fazendas familiares muito pequenas. Não há muito dinheiro para fazer vinho dessa maneira, porque você não pode fazê-lo em volumes grandes o suficiente”, conta White.
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Especialistas acreditam que a vinificação começou no norte da China por volta de 7.000 a.C. Vasculhando as ruínas de uma antiga civilização chamada Jiahu, arqueólogos descobriram sementes de uva e vasos forrados com ácido tartárico, o principal ácido das uvas para vinho. Logo após a origem da vinificação, os aditivos para vinho entraram na história.
Em 4100 a.C., os persas começaram a usar resina de pinheiro para evitar que o vinho estragasse. Os antigos gregos misturavam seu vinho com perfumes, ervas, salmouras e até água do mar na tentativa de melhorar o sabor, e os antigos romanos foram os primeiros a adicionar sulfitos ao vinho.
Hoje, aditivos de vinho são comuns em grande parte do mundo da vinificação industrial. Essas substâncias oferecem aos vinicultores um controle sem precedentes sobre quase todos os aspectos do processo de vinificação. Existem aditivos para cor, textura, sabor, doçura, clareza, velocidade de fermentação e muito mais.
Há também um debate acontecendo entre os enólogos: os aditivos são uma marca de progresso tecnológico bem-vindo na vinificação? Ou são atalhos que produzem vinho de baixa qualidade? E talvez o mais importante: os aditivos de vinho são seguros para nós bebermos?
Os aditivos são mais populares entre os grandes produtores industriais que querem fazer um vinho padronizado, garrafa após garrafa e ano após ano. Porém, muitos produtores menores também usam aditivos, já que eles podem salvar as colheitas de problemas de fermentação ou envelhecimento.
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Embora tenham benefícios inegáveis para os vinicultores no que diz respeito à facilidade de produção, a Dry Farm Wines aponta três coisas que devem ser consideradas quando se fala em aditivos: transparência com o consumidor, pureza e qualidade.
No geral, há muito pouca pesquisa sobre aditivos de vinho e seus efeitos na saúde humana. E, como as empresas de vinho não são obrigadas por lei a divulgar seu conteúdo, você não tem como saber quais aditivos consumiu.
Por exemplo, dicarbonato de dimetilo (DMDC), também chamado de Velcorin, é um estabilizador que alguns produtores adicionam ao vinho para controlar a fermentação. O DMDC é fortemente tóxico para os seres humanos em sua forma bruta.
A maioria dos provadores de vinho estabelecidos é capaz de dizer se um vinho tem concentrado de suco de uva misturado com ele. Eles podem distinguir entre o sabor raso das lascas de carvalho e a rica profundidade que vem do envelhecimento do vinho em barris de carvalho. Eles podem provar a diferença entre o vinho fermentado com leveduras nativas selvagens e o vinho fermentado com levedura comercial adicionada.
Os aditivos removem a influência da natureza, dando aos vinicultores um controle extraordinário sobre seu produto final. Os aditivos aceleram e padronizam o processo de vinificação, mas acabam removendo a alma do vinho.
Você pode sentir a diferença imediatamente ao provar uma taça de vinho natural (que não foi manipulado com aditivos). O vinho está vivo. Ele guarda uma história sobre o ano em que foi feito: a mudança das estações, a riqueza do solo, a harmonia cuidadosa entre o enólogo e a própria natureza. Eles não são padronizados, mas têm personalidade e pureza. Uma troca que talvez valha a pena fazer.
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