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Jay-Z se uniu ao cofundador do Twitter e CEO da Block, Jack Dorsey, para lançar a The Bitcoin Academy em Marcy Houses, um conjunto habitacional público no Brooklyn, em Nova York, onde o rapper cresceu. A iniciativa pretende fornecer educação financeira com destaque nos Bitcoins, como um caminho para a liberdade financeira da comunidade de baixa renda do bairro.
O programa terá aulas presenciais e online gratuitas ministradas por Lamar Wilson, que administra o site de conteúdo Black Bitcoin Billionaire, e Najah J. Roberts, fundador e CEO da espaço de eventos e educação Crypto Blockchain Plug.
Jay-Z e fundador do Twitter se unem e criam academia de bitcoin para comunidade de baixa renda
A programação acontece duas vezes por semana, do final de junho a setembro, e os participantes do programa receberão smartphones, dispositivos MiFi e um plano de dados de um ano. A Academia tem ainda um programa de fim de semana voltado somente para crianças.
Dorsey e Jay-Z são colaboradores de longa data e evangelistas do Bitcoin. Além de trabalhar no TIDAL, que Jay-Z vendeu para Dorsey, a dupla implantou um investimento de 500 BTC no ano passado, com ênfase no desenvolvimento da popularidade da criptomoeda na Índia e na África. Mas a Bitcoin Academy é financiada por meio de doações pessoais dos dois empreendedores.
Um momento para admirar Jay-Z e sua filha, Blue Ivy:
Jay Z and Blue Ivy courtside 👨👧 pic.twitter.com/t4owPBn53Q
— Nice Kicks (@nicekicks) June 14, 2022
–Jay-Z vai investir na maconha. E quer empregar quem foi preso na guerra às drogas
—Criptomoedas e blockchain: a união entre tecnologia e dinheiro
Ainda assim, a promessa da criptomoeda como um caminho seguro para a estabilidade econômica para populações de baixa renda está longe de ser garantida.
Dada a volatilidade das criptomoedas e a prevalência de golpes, existe a preocupação de que este projeto possa impactar negativamente os participantes, mesmo que seja bem intencionado. O construtor de criptomoedas Austin Robey colocou desta forma: “Se você perguntasse aos moradores da Marcy Houses como podemos atender melhor às suas necessidades, quantos diriam ‘uma aula de bitcoin’?”
“O objetivo simples é fornecer às pessoas ferramentas para construir independência para si mesmas e para a comunidade ao seu redor”, escreveu Jay-Z em um tweet.
Um porta-voz da The Bitcoin Academy disse ao site TechCrunch que os participantes receberão uma pequena quantidade de Bitcoins, mas que o projeto se destina a ser educacional. A natureza do programa dependerá de quem se inscrever – por exemplo, eles podem ter aulas em espanhol dependendo da demanda – e abordará o básico do que é criptomoeda, como funciona o blockchain e como identificar uma fraude.
Os professores não estão necessariamente dizendo aos moradores de Marcy para investir em criptomoedas, mas não é difícil ver como esse tipo de orientação pode estar implícita.
Algumas populações vulneráveis – como imigrantes e pessoas sem conta bancária – podem ter curiosidade sobre a criptomoeda como uma alternativa aos bancos tradicionais, que têm altas taxas de transações internacionais e muitas vezes exigem documentos legais para acessar.
Embora os investidores mais ricos possam resistir com segurança às quedas e picos da criptomoeda, uma quebra de mercado terá um efeito mais imediato e potencialmente catastrófico para aqueles que estão fazendo transações com seu bitcoin regularmente.
Em El Salvador, cerca de 70% da população não tem conta bancária, mas depois que o país se tornou o primeiro a adotar o Bitcoin como moeda legal no ano passado, os moradores não testemunharam o progresso econômico que esperavam. O Fundo Monetário Internacional até incentivou o país a remover o Bitcoin como moeda legal, citando o risco de inflação e falta de proteção ao consumidor. Espera-se que o país da América Central pague um título soberano de US$ 800 milhões em janeiro de 2023, mas alguns analistas acham que o país pode dar calote em seu empréstimo.
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“Na verdade, não culpo as comunidades marginalizadas que acabam acreditando muito no hype e nas promessas [em torno da criptomoeda]”, disse Tonantzin Carmona, membro do Brookings Metro que estuda raça, desigualdade de renda e mobilidade social. “É compreensível que busquem saídas alternativas para gerar riqueza ou realizar transações de pagamento. Mas isso não significa que a alternativa seja realmente melhor, mais segura ou que realmente os ajude a atingir seus objetivos.”
Shout out to @Jack. #Bitcoin Academy, starting in Marcy, a place that taught me so much, is hopefully the first of many. The simple goal is to provide people tools to build independence for themselves and then the community around them. https://t.co/4uHkCfdFZv
— Mr. Carter (@sc) June 9, 2022
Carmona observa uma conexão entre a promessa de liberdade financeira baseada em criptomoedas e “inclusão predatória”, um termo cunhado pelo professor da Universidade de Princeton Keeanga-Yamahtta Taylor para descrever a discriminação habitacional. Mesmo após a reversão de políticas racistas como “redlining”, que regulava onde proprietários negros poderiam construir e comprar casas, os negros continuaram sujeitos a empréstimos subprime injustos, que visavam especificamente comunidades de cor.
“Vejo as criptomoedas como parte desse legado de inclusão predatória”, disse Carmona ao TechCrunch. “Esse acesso tem um custo. Eles estão dizendo que você terá liberdade financeira, mas isso também significa que você terá acesso à volatilidade e complexidade das criptomoedas. Você está tendo acesso a um espaço repleto de golpes, fraudes, hacks e todo tipo de coisa, porque não há proteções ao consumidor como a tecnologia está atualmente.”
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O TechCrunch perguntou à Bitcoin Academy se haverá alguma salvaguarda para garantir que os moradores não sofram impacto financeiro negativo do projeto. Embora não haja proteções formais para os participantes, o porta-voz do programa enfatizou que o objetivo de centralizar o programa em torno da educação é evitar esses resultados potenciais ruins.
Embora o programa seja financiado por Dorsey e Jay-Z, a academia funcionará no dia a dia com a ajuda de uma pequena equipe da Shawn Carter Foundation, liderada pela mãe de Jay-Z, Gloria Carter, como cofundadora e CEO.
“A Shawn Carter Foundation sempre teve como objetivo fornecer acesso educacional e abrir portas de oportunidades para comunidades carentes”, disse Carter em comunicado. “Todos devem ter o poder de tomar decisões financeiras informadas para cuidar de si e de suas famílias.”
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