Pedaço encontrado no Paraná é confirmado como lixo espacial, provavelmente da SpaceX

Vitor Paiva  • Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Foi confirmado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) que o pedaço de metal encontrado no Paraná é mesmo lixo espacial que caiu na Terra. O objeto foi encontrado em São Mateus do Sul, cidade ao sul do estado em março passado, mas a confirmação só foi concluída no dia 31 de maio, em relatório realizado a partir de análise técnica: pesquisadores sugerem que a peça metálica pode ter vindo do Falcon 9, foguete enviado ao espaço pela SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk.

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O lixo espacial pesa 600 kg e foi encontrado pela empresária Joseana Maria Franco Portes junto de seu marido, João Ricardo Pacheco Porte, durante uma verificação nos arredores da propriedade do casal. O objeto caiu no terreno ao lado e, segundo a empresária, quebrou galhos das árvores durante a queda. Os dois ouviram um estrondo intenso no início da manhã, mas inicialmente não identificaram o que havia acontecido: a peça foi encontrada no dia 16 de março.

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Por definição, lixo espacial é um objeto fabricado que, após ser levado ao espaço, cai de volta no planeta. A peça encontrada no Paraná se assemelha a parte do foguete de Musk, e o parecer foi realizado pela Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), apontando a conclusão da origem. A Falcon 9 foi lançada em 19 de dezembro do ano passado, voltando à Terra no dia 8 de março, e o local onde foi encontrada é precisamente abaixo da trajetória do foguete.

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O protocolo prevê que, após ser identificado, o objeto seja resgatado, armazenado e eventualmente devolvido ao seu país ou proprietário de origem. Até o momento da presente publicação a SpaceX não havia confirmado se a placa metálica de fato pertence à empresa, e se tem a intenção de recuperá-la. De acordo com estimativas da Nasa, existem atualmente mais de 100 milhões de objetos flutuando ao redor da Terra.