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A Apopo é uma organização britânica localizada em Tanzânia, na África Subsaariana. Ela tem como foco pesquisar as habilidades rato gigante do sul, um roedor do continente africano que possui alta capacidade de farejamento e inteligência extremamente desenvolvida.
Esse animal tem sido utilizado para farejar focos de colônias da bactéria que causa a tuberculose – uma das doenças infelizmente ainda recorrentes na região. Outro trabalho da Apopo é treinar esses bichinhos para buscar minas terrestres. Em 2020, 65 pessoas morreram por conta desse tipo de armamento no país. A Apopo conseguiu reduzir drasticamente o número desse equipamento criminoso na Tanzânia graças à pesquisa com os ratinhos. Mas agora a missão é outra.
Ratinhos podem ser capazes de salvar vidas se bem treinados para salvar humanos
Eles estão treinando sete ratos e pretendem expandir o planejamento para que os animais possam farejar pessoas em situação de soterramento.
Basicamente, a ideia é equipar os ratos com diversos equipamentos e utilizar sua capacidade de se enveredar em destroços para ajudar vítimas de desastres.
“Eles são capazes de entrar em espaços muito pequenos que o homem não consegue chegar. Não experimentamos essa situações em vida real, mas os experimentos são bastante promissores”, explica Donna Kean, coordenadora do projeto.
“Com novos equipamentos, conseguiremos implantar um sistema de microfones para conseguir ouvir o que ele ouve, e assim entender melhor o que está acontecendo em meio ao desastre”, disse ela à imprensa britânica.
“É possível que consigamos ouvir as vítimas através do rato, o que pode nos auxiliar a entender se há outras pessoas nos escombros”, completou.
Em situações de soterramento – causadas por terremotos, deslizamentos de terra, tsunamis e outros tipos de catástrofe -, velocidade é crucial. E ainda que os cães sejam eficazes para o farejamento, eles não conseguem se enveredar em muitos locais.
“Os ratos são muito ágeis e conseguem rapidamente se adaptar a qualquer tipo de ambiente. Eles são perfeitos para situações de busca e resgate. Além disso, podem se alimentar de praticamente qualquer coisa e são experts em sobrevivência”, assegurou Keane.
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