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Uma reportagem da BBC Brasil revelou que diversas startups brasileiras estão em um momento de crise, com demissões em massa nos prédios da Faria Lima, novo centro financeiro de São Paulo.
O levantamento do veículo de mídia estatal britânica revelou mais de 1.800 desligamentos nos últimos seis meses.
Faria Lima tem visto demissões em massa em start-ups que perderam investimentos
O modelo indica crises no sistema das startups. O modelo de negócios dos Venture Capitals (VCs), fundos de investimento de risco, tem se mostrado menos confiável. E com isso, as empresas novas dependentes de investimento alto e de risco acabam sendo prejudicadas por conta das questões econômicas do próprio país.
Com a alta da inflação nos últimos meses, a equipe econômica do governo e o Banco Central decidiram aumentar a SELIC (taxa básica de juros). Por conta disso, o dinheiro antes investido em empresas de risco acaba escapando para investimentos mais seguros.
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“Quando os juros sobem, os investimentos de risco costumam ser penalizados. Basicamente, do ponto de vista dos investidores, vale mais a pena deixar o dinheiro em aplicações mais seguras, como títulos do tesouro e outras aplicações indexadas às taxas de juros, do que arriscar investir em uma startup ou no sistema produtivo, que são investimentos de risco muito maior”, diz Felipe Matos, presidente da Abstartups (Associação Brasileira de Startups) à BBC Brasil.
“Enquanto antes tinha um paradigma em que valia mais a pena crescer do que ser lucrativo, porque existiam investidores dispostos a bancar esse crescimento, mesmo com caixa negativo, agora isso não é mais verdade. As empresas precisam ter mais atenção ao caixa, mesmo que isso signifique crescer mais devagar”, afirma, também à BBC.
Quem paga por isso são os trabalhadores. As empresas pet-friendly, eco-friendly que prometem bons pagamentos e rápida ascensão de carreira perdem sua sustentação – o capital de risco – e quem paga é a mão de obra.
As demissões em massa têm se tornado um modus operandi destas empresas, que não se sustentam porque ainda não são lucrativas e perdem recursos de seus investidores.
A crise desse modelo econômico é um tema debatido dentro do mercado. Para isso, precisamos explicar o que são startups.
Startups são empresas que prometem criar soluções inovadoras para problema x. Contudo, como suas propostas são inovadoras e elas precisam se expandir, acabam recebendo dinheiro de fundos de investimento (VentureCapitals ou VC).
Para se tornarem rentáveis, as empresas têm que receber investimento suficiente para crescer bastante. Ao aumentarem de tamanho, os fundos de investimento que investiram nas empresas vendem a companhia no mercado de ações.
A ideia é que os VCs invistam o mais rápido possível nessas empresas para conquistar um lucro maior na venda futura. Portanto, quem chega primeiro ganha mais dinheiro e depois o valor vai aumentando.
Existem milhares e talvez até milhões de startups ao redor do mundo. Contudo, a extensa maioria delas entra em falência em cinco anos. Projeções conservadores estimam que apenas 1/3 delas se tornam autossustentáveis.
É por isso que Chamath Palihapitiya, ex-executivo do Facebook e atual executivo do VC Social Capital, chama este modelo de negócios de esquema de pirâmide.
Uber é exemplo clássico do venture capital: empresa foi comprada e vendida várias vezes, sempre por um valor maior, mas, mesmo depois de anos, segue sem dar lucro
“Estamos, não se engane… no meio de um enorme tipo multivariado de esquema de pirâmide. Está tudo no papel e parece incrível”, disse Palihapitiya em uma palestra recente. “Disseram para você crescer, então você está crescendo. Você está fazendo seu trabalho. Mas uma hora pare de crescer. Eu não vou mais fazer parte da farsa,” Palihapitiya disse. “Acho que a farsa é perigosa. Em algum momento, tudo cresce, cresce, cresce e cai”, explicou.
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A Uber, por exemplo, é uma empresa que ainda não é lucrativa. No mercado há 13 anos, a startup de mobilidade segue sem rentabilidade própria e opera em prejuízo bilionário desde que recebeu grandes investimentos. Se é verdade que a empresa tem tido queda de prejuízo, também é complexo entender como a companhia pode continuar seu negócio se ele ainda não se tornou lucrativo, mesmo sendo dominante ao redor do mundo.
Chamem de bolha, chamem de pirâmide, chamem de capital de risco, o fato é: esse modelo não é sustentável. E os primeiros a sentirem o efeito disso serão os trabalhadores.
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