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Nesta semana, a Polícia Militar do RJ (PMERJ) prendeu um homem e libertou sua esposa e dois filhos de um cárcere privado que durava 17 anos.
Luiz Antônio da Silva, ou Luiz DJ, como foi identificado pelas autoridades cariocas, mantinha a esposa e dois jovens presos em um quarto no bairro da Foice, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.
Mulher e filhos eram mantidos em condições sub-humanas em cárcere privado com tortura psicológica e violência física
O apelido “Luiz DJ” vinha do fato de que o homem colocava com frequência música em volume muito alto dentro de sua residência. Os vizinhos acreditavam que se tratava de uma afixação do homem pelo som e pelas aparelhagens. Na verdade, era uma forma de abafar os gritos da esposa e dos filhos.
– O que é misoginia e como ela é a base da violência contra a mulher
“Ele mantinha ela e as duas crianças em cárcere privado e é até emocionante estar falando. Vimos o estado que as duas crianças saíram daqui e mais uma semana, acho que não iriam mais sobreviver”, contou ao G1 uma vizinha referindo-se a dois jovens de 19 e 22 anos que estavam detidos. Segundo as informações da PM, por causa da subnutrição, os jovens pareciam crianças de 10 anos.
Segundo as informações da PM, o estado de saúde das crianças era gravíssimo e uma ou duas semanas a mais dentro do cativeiro poderiam ter significado a morte deles.
“Ficavam presos, amarrados. Na quarta-feira (27/7), eu trouxe pão, mas a mulher contou que o Luiz viu e jogou fora, contou que ele queria bater nela, que achou ruim, e que eles não comeram nada”, contou Sebastião Gomes da Silva ao G1.
Em depoimento à Polícia Militar, a vítima afirmou que ficava durante três dias sem comer. Ela segue sob cuidado das autoridades de saúde, junta de seus filhos.
O caso evidencia a sociedade patriarcal. Como um homem é capaz de manter, sob 17 anos, sua própria família sob seu poder, através da violência física e psicológica? Só através de uma cultura que, mesmo que de forma sutil, lhe faz acreditar que isso é permitido.
“A violência de gênero é expressão do patriarcado e do machismo, visto que os valores culturais estão associados às desigualdades e a violência instaura a ‘naturalidade’ das diferenças, com estereótipos e códigos de conduta entre homens e mulheres”, afirma a advogada Izabele Balbinotti em artigo à uma publicação da Esmesc.
– Patriarcado e violências contra a mulher: uma relação de causa e consequência
“Agredir, matar, estuprar uma mulher ou uma menina são fatos que têm acontecido ao longo da história em praticamente todos os países ditos civilizados e dotados dos mais diferentes regimes econômicos e políticos”, afirma a socióloga brasileira Eva Blay, sobre a violência e o patriarcado.
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