Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Para se tornar líder e referência no mercado de apps de transporte, a Uber utilizou táticas inescrupulosas, atropelou leis trabalhistas, se valeu de métodos ilegais, enganou a polícia e a justiça de diversos países, e se escondeu atrás de um lobby global. É isso que revela o Uber Files, vazamento de mais de 124.000 documentos e apelidado de “Uber Leaks”, que vem sendo noticiado em todo o mundo, mas que tem recebido pouca atenção da imprensa brasileira.
A empresa teria desrespeitado leis trabalhistas e explorado os profissionais a serviço do app
-Motoristas de aplicativos passam até 15 horas ao volante e reclamam de baixas remunerações
Um dos jornais que divulgou o vazamento foi o britânico The Guardian, revelando que a empresa violou leis, escondeu informações de governos e pressionou autoridades pelo mundo. Segundo o jornal, o vazamento compreende um período de cinco anos de atividades, entre 2013 e 2017, quando a Uber era gerida por Travis Kalanick, cofundador da empresa. Os documentos foram vazados para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), organização que reúne mais de 140 jornais, estações de rádio, emissoras de TV e meios de comunicação online.
Travis Kalanick, ex-CEO da Uber, é o principal nome acusado nos vazamentos
-Uber pagará salário mínimo, férias e aposentadoria para motoristas no Reino Unido; entenda
Os milhares de memorandos, apresentações, e-mails, mensagens de WhatsApp e iMessage que formam o acervo revelam que ao menos seis líderes mundiais foram procurados pela Uber em busca de apoio, para acelerar o lobby em favor do app em seus países, incluindo o atual presidente dos EUA, Joe Biden, quando ele ainda era vice-presidente, o atual presidente da França, Emmanuel Macron, quando ele trabalhava como Ministro da Economia, e o então primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Emmanuel Macron, atual presidente da França, teria atuado como lobista para a Uber no país
-O que se sabe sobre relatos recentes de mulheres dopadas por motoristas de aplicativo
Segundo reportagem da BBC, uma troca de mensagens entre Macron e Kalanick revela que o então ministro se comprometeu a trabalhar por uma mudança legislativa na França que favorecesse a empresa. “Vou reunir todo mundo na próxima semana e preparar uma reforma para corrigir a lei”, afirmou Macron, em mensagem de junho de 2015. Alguns meses depois, o político assinou uma nova lei que regulamentava o cadastro de motoristas para a empresa americana no país.
Macron e Joe Biden: o atual presidente dos EUA também teria agido em favor da empresa
-Documentos mostram quanto Uber paga para analistas e desenvolvedores de software
No início das atividades, a empresa ofereceu grande estímulo financeiro aos motoristas, organizando-os para protestarem contra, por exemplo, os taxistas que resistiam à novidade, colocando trabalhadores uns contra os outros. Ao longo dos anos, porém, a Uber reduziu as margens de lucro de seus profissionais, tornando a oportunidade em subempregos. Segundo matéria do The Washington Post, a empresa possuía até mesmo um botão de desligamento total, capaz de desativar os sistemas e impedir investigações, a fim de apagar o rastro de suas práticas e seus relacionamentos escusos.
Protesto de taxistas em Barcelona, na Espanha, após as revelações do Uber Leaks
Manifestação recente em Nova York de motoristas de aplicativo por melhores pagamentos
-3 exemplos de como os táxis estão inovando mundo afora
Em resposta ao vazamento, a companhia admitiu os erros, que teriam levado a uma série de ações na justiça, demissões de executivos e investigações por partes de governos, e afirmou que agora funciona de forma diferente. “Quando dizemos que a Uber é uma empresa diferente hoje, queremos dizer literalmente: 90% dos atuais funcionários da Uber entraram depois que Dara se tornou CEO”, afirmou o comunicado, se referindo a Dara Khosrowshahi, que se tornou CEO da empresa em 2017, após a saída de Kalanick. Segundo o comunicado, a ação representa um dos “mais infames acertos de contas da história dos EUA corporativo”.
Dara Khosrowshahi, atual CEO da empresa, assumiu os erros do passado
Publicidade
Aparentemente o cantor Biel não consegue se livrar das polêmicas. Primeiro ele foi acusado por uma jornalista de...
A cobertura de um assassinato nesta terça-feira (9) expôs mais uma vez os péssimos métodos 'jornalísticos' do...
Existe um blog LGBT chamado PontoGay.com.br, repleto de contos contos eróticos e outros conteúdos pornográficos...
A conta no Twitter @TakeAwayTrauma, que fala sobre enganos e bizarrices em deliveries ao redor do mundo, mostrou um...
Em muitos contextos em que a realidade se torna insuportável, a única saída para o artista é a ficção, a...
Cena comum em qualquer grupo de WhatsApp: Gente, não sei se é verdade, mas vou compartilhar aqui por que nunca se...
Após ter tido prisão decretada por não pagar pensão alimentícia para duas de suas filhas, o ator André Gonçalves...
Durante encontro da Associação Comercial de São Paulo, o deputado federal e candidato à prefeitura de São Paulo,...
Há poucos dias de seu lançamento, a série O Mecanismo está dividindo opiniões. Produzida por José Padilha, o...