Diversidade

Pedagogia feminista negra debatida em curso gratuito com apoio de universidade estadual na Bahia

22 • 08 • 2022 às 17:36
Atualizada em 23 • 08 • 2022 às 12:36
Kauê Vieira
Kauê Vieira   Sub-editor Nascido na periferia da zona sul de São Paulo, Kauê Vieira é jornalista desde que se conhece por gente. Apaixonado pela profissão, acumula 10 anos de carreira, com destaque para passagens pela área de cultura. Foi coordenador de comunicação do Projeto Afreaka, idealizou duas edições de um festival promovendo encontros entre Brasil e África contemporânea, além de ter participado da produção de um livro paradidático sobre o ensino de África nas Escolas. Acumula ainda duas passagens pelo Portal Terra. Por fim, ao lado de suas funções no Hypeness, ministra um curso sobre mídia e representatividade e outras coisinhas mais.

O pensamento de mulheres negras na educação é fundamental para que a sociedade em que vivemos dê o próximo passo em busca da equidade. Para isso, é urgente que universidades abram espaço para a caravana passar e pratiquem o antirracismo, tão citado em posts nas redes sociais.

Nesse sentido, a professora doutora Carolina Pinho, em parceria com as pesquisadoras Tayná Mesquita e Rívia de Jesus Santos inauguram a segunda edição do ‘Curso de Extensão Pedagogia Feminista Negra’, que nasce fruto de parceria de sucesso com a Universidade de Feira de Santana, na Bahia.

“O curso de extensão ‘Pedagogia Feminista Negra’ se justifica pela necessidade de consolidar uma pedagogia articulada com as necessidades de construção de uma educação antirracista, além de resgatar as contribuições teóricas de mulheres negras que historicamente foram negadas como conhecimento válido pela universidade e, neste sentido, diversificar as respostas à problemas históricos no campo da educação”, destaca a professora Carolina Pinho.

Lançamento do ‘Pedagogia Feminista Negra’, em São Paulo

Pedagogia Feminista Negra: o curso 

O curso é totalmente gratuito e as atividades serão ministradas pela internet, com aulas de até 45 minutos de duração. O conteúdo proposto pelas educadoras negras começa a ser dividido com alunas e alunos em 14 de setembro e os encontros vão até 14 de dezembro, sempre toda quarta-feira a partir das 19h.

O Pedagogia Feminista Negra conta com um corpo docente formado por professoras negras de universidades brasileiras, das Américas e do Caribe. Entre os nomes confirmados para a segunda edição estão os de Carolina Pinho, professora da Universidade Estadual de Feira de Santana, Tayná Victoria, da Unicamp, Winnie Bueno, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Anielle Franco, do Instituto Marielle Franco.

Angela Davis e Luiza Bairros: o que será estudado 

O referencial teórico escolhido vai desde Angela Davis, passando por Luiza Bairros, Patricia Hill Collins, bell hooks, Eliane Cavallero, entre outras intelectuais negras comprometidas com uma educação que rompa com as amarras do colonialismo e de uma metodologia que insiste em ignorar a contribuição negra para o desenvolvimento social.

O intuito é fazer com que universidades brasileiras compreendam o óbvio: uma sociedade justa só se faz com o reconhecimento do trabalho de mulheres negras para a sistematização de soluções teóricas e práticas para os problemas da educação – trocando em miúdos, não há um modelo de ensino realmente democrático sem o devido espaço e protagonismo para estas intelectuais dentro da chamada academia.

‘Pedagogia Feminista Negra’ lançado em Salvador

O livro sobre a pedagogia feminista negra 

Tudo que foi debatido na primeira edição do Pedagogia Feminista Negra, realizada em 2020, se transformou em livro organizado pelas professoras Carolina Pinho e Thayná Mesquita.

O ‘Pedagogia Feminista Negra: primeiras aproximações’ foi lançado em 2022 pela editora Veneta e esteve no ranking dos mais vendidos da Livraria LDM, de Salvador, e na Amazon.

Se interessou? Acesse o link para se inscrever no ‘II Curso de Extensão Pedagogia Feminista Negra’. Lembrando que existe certificado garantido para estudantes que cumprirem até 75% de presença.

Para se inscrever: 

Você também pode se inscrever pelo formulário: https://forms.gle/GmciLz3f86c1QJMB8

Contatos: 

E-mail: pedagogiafeministanegra@gmail.com

Instagram: @pedagogiafeministanegra

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Fotos: Reprodução/@carolsantospinho


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