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Na primeira semana de setembro, a ONG NOSSAS e mais de 180 outras organizações, coletivos e movimentos promovem, em várias cidades do país, a maior mobilização nacional pela proteção da Amazônia. “Virada Cultural Amazônia de Pé” é uma ação coletiva e em rede, em que centenas de eventos são realizados entre os dias 3 e 10 de setembro, aproveitando o Dia da Amazônia, comemorado no dia 5.
O objetivo é fazer a maior mobilização nacional pela proteção da Amazônia que, segundo o Imazon, nos últimos 12 meses teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. Além das organizações que integram a Virada, centenas de escolas, aldeias, coletivos e movimentos estão organizando ações culturais como forma de conversar com os brasileiros sobre a urgência em salvar a floresta que ainda se mantém de pé.
Amazônia de Pé: Virada Cultural gratuita faz mobilização pela proteção do bioma e povos originários
A programação começou em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, mas segue por diversas capitais do Brasil com shows, bicicletadas, oficinas e muito mais. O Festival Amazônia de Pé no Rio de Janeiro reuniu artistas e ativistas amazônidas em um evento super especial para coletar assinaturas em prol da causa.
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Nascida e criada em Belém do Pará, a artista da cena do rap paraense Nic Dias traz a Amazônia de Pé como parte de si e daquilo que deseja comunicar ao mundo. “Eu gostei muito da proposta do festival e fiquei muito feliz com o convite para participar. Acredito que nós temos que buscar o maior número possível de veículos e espaços para falar sobre a preservação da Amazônia e sobre a preservação dos povos originários da Amazônia, os povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos. Esse é o caminho, falar sobre preservação, falar sobre cuidado, tudo isso aliado à música”, afirmou.
O Festival integra uma série de ações da ONG NOSSAS que visa chamar a atenção para a proteção das terras públicas brasileiras, foco do seu projeto de lei. Ao realizar um evento cultural deste porte, a NOSSAS busca integrar as pessoas no debate e convidar para a ação através da assinatura no Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP).
“O Dia da Amazônia já é um dia muito importante no Brasil, mas não é uma data que seja feriado no país inteiro. Ainda não é um dia em que todos os lugares pautam a Amazônia, como outras datas celebrativas no Brasil. A gente acredita no poder da cultura de transformação social, de movimentar imaginários e atingir diversos territórios. A cultura é capaz de ‘hackear’ os sistemas e através da voz da cultura a gente pode falar coisas que muitas vezes são censuradas”, afirma Helena Ramos, coordenadora de produção e cultura da campanha Amazônia de Pé.
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A campanha Amazônia de Pé ainda realiza uma série de atividades culturais no norte brasileiro em torno do Dia da Amazônia. Dentro do Festival Manifestar, que acontece de 05 a 10 de setembro, em Santarém, no Pará, e vem sendo construído por diversos coletivos e organizações, será montado o palco Amazônia de Pé, que encerra a programação com shows que trazem vozes potentes pela preservação ambiental e do direito à terra.
As Suraras do Tapajós recebem Khaline Karajá e Maria Gadu, o show Vozes da Amazônia, sob a direção de Silvan Galvão, traz Mato Aguiar, Nilson Chaves, Mestre Chico Malta e diversos outros nomes da música nortista, e o show “Coletivo de Trap de Santarém” que reúne novos nomes do rap do Baixo Tapajós.
Além dos festivais, 27 organizações e coletivos de todo o Brasil receberam incentivos do Amazônia de Pé, através da ONG NOSSAS, para a realização de atividades culturais que promovessem a coleta de assinaturas do projeto de lei Amazônia de Pé.
A mobilização faz parte da campanha “Amazônia de Pé”, uma proposta de projeto de lei de iniciativa popular que pretende proteger a floresta através da destinação de mais de 57 milhões de terras públicas, que são o principal alvo do desmatamento e garimpo na região.
A campanha foi lançada em maio e, em menos de dois meses, já conta com mais de 15 mil ativistas coletando 1,3 milhão assinaturas ao redor do Brasil e do mundo, com ativistas em todos os estados brasileiros e em países como Portugal, França, Alemanha e Estados Unidos.
Para que o projeto chegue até o novo Congresso Nacional em 2023 e vire lei, são necessárias 1,5 milhão de assinaturas físicas. Se aprovado, grande parte de terras desprotegidas ficam aos cuidados de populações indígenas, quilombolas, comunidades de pequenos extrativistas e viram unidades de conservação da natureza, como garantia de que, através de uma relação harmônica com a floresta, a Amazônia permaneça de pé.
Mais de 180 organizações, coletivos e movimentos já aderiram à campanha, assinando e levando o projeto até os territórios onde atuam. Entre essas centenas de instituições, estão o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM, a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos – CONAQ, o Comitê Chico Mendes, o Movimento da Juventude Indígena de Rondônia e o Movimento de Mulheres Camponesas – MMC, que assinaram e contribuíram na escrita da lei.
Para que a campanha chegue, de fato, a todo o país, essas organizações fazem parte de uma grande mobilização que tem como objetivo fazer o Brasil parar na semana do Dia da Amazônia para ouvir e conversar sobre como o desmatamento na região impacta a vida de todos os brasileiros.
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