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Benefícios compartilhados: Finlândia decide que pais e mães terão mesmo tempo de licença

26 • 09 • 2022 às 11:56
Atualizada em 27 • 09 • 2022 às 12:09
Karol Gomes
Karol Gomes   Redatora Karol Gomes é jornalista e pós-graduada em Cinema e Linguagem Audiovisual. Há cinco anos, escreve sobre e para mulheres com um recorte racial, tendo passado por veículos como MdeMulher, Modefica, Finanças Femininas e Think Olga. Hoje, dirige o projeto jornalístico Entreviste um Negro e a agência Mandê, apoiando veículos de comunicação e empresas que querem se comunicar de maneira inclusiva.

A nova Lei de Família na Finlândia agora determina que pais e mães podem ter a licença parental remunerada com a mesma duração. O casal pode, portanto, ficar quase um ano em casa com seus filhos, se somarem os tempos individuais (160 dias cada um). 

Antes dessa mudança, a licença-maternidade consistia em uma dispensa que podia ser válida por até 105 dias a partir da data prevista de nascimento. Embora o afastamento do trabalho pudesse ser solicitado por qualquer um dos progenitores (numa soma de até 158 dias), os pais só tinham o direito à licença-paternidade de no máximo 54 dias.

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A licença-paternidade é comprovadamente um benefício para toda a a família

Segundo a ministra de Assuntos Sociais Hanna Sarkkinen, a situação das mulheres na força de trabalho deve melhorar devido a esta reforma. Além disso, proporciona aos pais mais tempo para passar com seus filhos. Os benefícios são comprovado em outros países que também adotaram um tempo igualitário para os pais cuidarem dos recém-nascidos. 

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De acordo com uma pesquisa do divulgada pelo site McKinsey e realizada com LeanIn.org, o contexto cultural em torno da licença paternidade está mudando, à medida que mais países e empresas estão oferecendo o benefício. Já são 90 países, em um total de 187, que oferecem licença-paternidade garantida por lei e remunerada. 

De acordo com a pesquisa, que foca na dinâmica de casais heterossexual nos Estados Unidos, 90% dos entrevistados notaram uma melhora no relacionamento com a parceira. O estudo também mostrou que o aumento do envolvimento do pai nos cuidados com o bebê pode diminuir os diagnósticos maternos da depressão pós-parto.

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