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O bolor limoso parece um fungo comum, mas na realidade não é – nem sequer é uma planta ou um animal e, mesmo não possuindo cérebro, é possivelmente mais inteligente que os seres humanos.
Apelidado de “Blob” ou “Bolha”, trata-se de uma espécie de célula gigante derivada do mundo dos fungos, que possui uma capacidade extraordinária de se adaptar e “resolver problemas” que vem intrigando e animando cientistas de todo o mundo.
A Physarum Polycephalum, espécie de bolor limoso que mais interessa aos cientistas
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Existem mais de 900 espécies de bolor limoso, mas a Physarum Polycephalum – cujo nome literalmente se traduz por “bolor de várias cabeças” – é a que mais impressiona os pesquisadores. Com especial sensibilidade aos estímulos químicos ao seu redor, o bolor inicialmente se espalha em todas as direções, até encontrar alimento, e então retrai os ramos que não encontraram nada para fortalecer os que encontraram.
O bolor é capaz de se espalhar em formas, volumes, comprimentos e direções diversas
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De acordo com reportagem da BBC, essa capacidade de se contrair e redistribuir em perfeita coordenação é equivalente à capacidade humana de resolver problemas, pensar em rede e navegar por labirintos de forma eficaz. Assim, o Physarum vem sendo utilizado como experimento para repensar questões de mapeamento e redes, distribuição e transporte, bem como problemas maiores, envolvendo, por exemplo, distribuições de recursos.
Por sua inteligência, o Physarum se tornou até “professor” em uma universidade nos EUA
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Em 2010, um estudo japonês utilizou um modelo da rede ferroviária da Grande Tóquio colocando copos de aveia, um dos alimentos preferidos do Physarum, na posição dos grandes centros urbanos da região. Em algumas horas, o bolor havia se espalhado pelo modelo conectando os copos de aveia, em um desenho muito semelhante à rede de metrô da capital japonesa e seus arredores: em pouquíssimo tempo, o bolor criou uma rede que custou décadas para ser planejada pela inteligência humana.
Ilustração do desenvolvimento do Physarum no “mapa ferroviário” de Tóquio ao longo das horas
-Fotógrafo mostra como o metrô de Tóquio é sufocante
O interesse acadêmico pelas capacidade de adaptação e solução do bolor limoso é tamanho que, desde 2018 na Universidade Hampshire, em Massachusetts, nos EUA, o Physarum foi nomeado como “professor visitante”, formando um grupo de “especialistas” para estudar alguns dilemas desafiadores da realidade contemporânea. Trabalhando em “parceria” com especialistas humanos, o Consórcio Plasmodium desenvolve modelos imparciais e objetivos para grandes dilemas.
A espécie não tem cérebro, mas possui uma capacidade de adaptação e solução extraordinária
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Assim, o bolor parece ser capaz de encontrar meios e soluções especialmente otimizadas em contextos políticos complexos, como de fronteiras internacionais. De modo geral, ao guiar esses estudos e desenvolvimento de modelos em busca de soluções mais rápidas e eficazes, um ser sem cérebro vem questionando a suposta supremacia da inteligência humana.
Distribuição de recursos, eficácia de fronteiras, mapeamentos e rede são os “trabalhos” do bolor
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