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Uma descoberta sobre a relação entre a poluição do ar e o desenvolvimento de câncer de pulmão pode transformar o que sabemos sobre o surgimento de tumores e levar à criação de medicamentos e tratamentos contra a doença. A pesquisa revolucionária foi feita por cientistas do Francis Crick Institute, de Londres, com pacientes que tiveram câncer de pulmão e nunca fumaram.
A poluição de uma cidade como Pequim, na China, pode ajudar a “acionar” células já danificadas
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Os resultados indicaram que a poluição não estava simplesmente causando danos à saúde das células, mas despertando células que já apresentavam mutações que levam à doença. O estudo trabalhou com os dados de mais de 400 mil pessoas, e sugere que a poluição do ar pode provocar o crescimento de células portadoras de mutações cancerígenas em outras partes do corpo.
A pesquisa buscou entender como não-fumantes têm câncer de pulmão sem alterarem seu DNA
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Os pesquisadores desenvolveram uma série de experimentos em humanos e animais, e investigaram o efeito de uma partícula poluente chamada PM2,5, muito menor que um fio de cabelo, que potencialmente causa inflamação nos pulmões e pode causar o câncer.
O estudo concluiu que os lugares com maior nível de poluição no ar apresentaram mais casos de câncer de pulmão em não-fumantes: a partícula desperta células inativas e aparentemente saudáveis, mas que causam tumores malignos.
A pesquisa pode levar ao desenvolvimento de remédios para cidades poluídas como São Paulo
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Segundo o estudo, a partícula PM2,5 libera um alarme químico chamado interleucina-1-beta, que provoca inflamação e ativa as células danificadas. Com isso, os pesquisadores conseguiram impedir a formação de tumores em camundongos com uma droga que bloqueia a absorção das partículas.
O Francis Crick Institute é uma referência em pesquisa biomédica em Londres
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“A poluição do ar precisa acordar as células certas, no momento certo, para que o câncer de pulmão comece e cresça. O mecanismo que identificamos pode explicar por que há um risco aumentado de câncer devido à poluição do ar, mas o risco é muito menor em comparação com o tabagismo, que altera o DNA diretamente”, explicaram, em comunicado, os pesquisadores. As conclusões estão sendo apresentadas em uma conferência da Sociedade Europeia de Oncologia Médica.
A conclusão de que o dano já se encontra no DNA das células, surgido ao longo do processo de envelhecimento, e disparado pela poluição, ajuda a explicar justamente o motivo pelo qual algumas pessoas que nunca fumaram desenvolvem câncer de pulmão.
No Reino Unido, de cada dez casos da doença, um é causada pela poluição no ar em um não-fumante: afinal, outros fatores poderão também ser incluídos como determinantes externos para acionar as células danificadas.
Raio-x de um pulmão doente mostra, onde a seta vermelha aponta, a presença de um tumor
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Assim, a pesquisa pode levar ao desenvolvimento de medicamentos bloqueadores de partículas perigosas para pessoas que vivam em áreas poluídas. “É superimportante – 99% das pessoas no mundo vivem em lugares onde a poluição do ar excede as diretrizes da OMS, então isso realmente afeta a todos nós”, afirmou Emilia Lim, pesquisadora do instituto.
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