Ciência

Criptomoeda brasileira entra em mercado milionário de pesquisa dos cogumelos alucinógenos

20 • 09 • 2022 às 15:53
Atualizada em 21 • 09 • 2022 às 11:00
Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

A start-up brasileira Biocase, que investe na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos a base de cogumelos alucinógenos, lançou uma criptomoeda para arrecadar fundos para avançar nos estudos sobre os benefícios dessa substância.

A cripto BioTrip está em mercado fechado por enquanto, e tem valor fixado de token em US$ 1. A ideia é que, quando a meta for atingida, a moeda seja comercializada como as outras criptos e possa se tornar um investimento valoroso nos próximos anos.

Cogumelos alucinógenos podem ser usados no tratamento contra ansiedade, depressão e síndrome do pânico

“Qualquer um pode investir, com uma pequena fração do que faria um investidor qualificado, e com a vantagem de financiar algo inovador no campo da medicina aqui no Brasil”, afirma Sérgio Fadul, CEO da Biocase, em entrevista ao UOL. “Todos os produtos desenvolvidos serão comercializados exclusivamente por meio da cripto, ou precificados por ela, no caso de compras realizadas pelo sistema público”, completou.

De acordo com dados da consultoria Psych/Blossom, o mercado de pesquisa em psilocibina (princípio ativo do cogumelo) estava em US$ 190 milhões.

Com o avanço de pesquisas e facilitação regulatória por parte das agências governamentais, a estimativa é de que o mercado chegue a U$ 2,7 bilhões em seis anos.

Em 2020, a Biocase recebeu um aporte e começou suas atividades. Agora, a empresa começará seu primeiro estudo, junto do Instituto Alma Viva. A empresa tem outra parceria com o Certbio, um laboratório público, para desenvolvimento de um medicamento à base de psilocibina com fins psiquiátricos.

A ideia da Biocase é lançar os medicamentos a partir do ano que vem.

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Fotos: Domínio Público


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