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Uma verdadeira revisão historiográfica da escravidão abordando lutas, contextos sociais e culturais do século XIX. O livro “Um Defeito de Cor“, da escritora mineira Ana Maria Gonçalves, ganha exposição do MAR – Museu de Arte do Rio.
A mostra faz uma interpretação artística da obra que conta a saga de uma mulher africana no Brasil. Na trama, Kehinde precisa lutar por sua liberdade e reconstruir sua vida depois de ser tirada da África à força e enviada para o Brasil com sua irmã gêmea e sua avó em um navio negreiro. Ela é a única da família a sobreviver ao trajeto.
Ana Maria Gonçalves | Foto: Divulgação
Já em terras brasileiras, ela é vendida para o senhor de uma fazenda na ilha de Itaparica e vê sua vida transfigurada à condição de escrava. Tem seu primeiro filho como fruto do abuso do senhor da fazenda, depois muda-se para Salvador com a sinhá e lá consegue trabalhar por sua liberdade. Se casa com um comerciante português e tem como ele um filho que acaba vendido como escravo pelo próprio pai. Frustradas as tentativas de encontrá-lo, retorna à África na esperança que ele tenha sido enviado de volta.
É uma história diaspórica de não-pertencimento a lugar algum. Uma vida em busca de se encontrar e encontrar os seus. Como relata Kehinde, “mudar de fase, mudar de lugar como se isso representasse um novo começo, em que as esperanças se renovam.” Ela ainda completa: “sempre fui assim (…) poder começar de novo, em outro lugar, com outras pessoas, com novos planos é algo que não recuso nunca.”
Na exposição, os curadores Amanda Bonan, Marcelo Campos e a própria autora fazem um recorte que aborda anos da história do Brasil e do continente africano. São cerca de 400 obras, incluindo algumas inéditas, que nos contam uma história complexa, repleta de emoções e discussões importantes sobre o nosso passado e quem sabe até nos ajude a entender melhor o nosso presente.
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A seleção de obras conta com mais de 110 artistas de diferentes localidades, como Rio de Janeiro, Bahia e Maranhão, além de artistas de países africanos como Nigéria, Gana e Benim.
O livro, que completa 16 anos em 2022, é considerado um clássico da literatura afrofeminista brasileira e ganhou o importante prêmio literário Casa de las Américas, em Cuba, em 2007, na categoria literatura brasileira.
“Um Defeito de Cor” inaugura no sábado, dia 10 de setembro, no MAR, com entrada gratuita.
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