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Todo mundo provavelmente já sentiu a inconfundível sensação de um déja vu: aquela impressão súbita de que estamos revivendo um momento mesmo que saibamos que é algo novo. Isso intriga pensadores e cientistas há séculos, sem que nunca tenhamos chegado a uma boa explicação. Novas pesquisas vêm revisando, porém, tudo que já foi estudado sobre o tema ao longo dos anos, para determinar pontos essenciais sobre o fenômeno, e podem estar mais próximas de explicar por que, afinal, somos tomados pela sensação de estarmos repetindo um instante inédito.
O ‘déja vu’ é estudado há séculos, mas somente no século 20 estudos trouxeram rigor científico
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O termo déja vu, que se traduz do francês como “já visto”, foi cunhado em 1876 pelo filósofo Émile Boirac, sobre a sensação que já era percebida e investigada pela humanidade há milênios: nomes como Platão, Freud e Jung já buscaram explicar o fenômeno. Um artigo, assinado pela psicóloga cognitiva Anne Cleary, da Universidade do Estado do Colorado, nos EUA, partiu de uma revisão realizada pelo cientista Alan Brown justamente de tudo que já havia sido escrito até o início desse milênio sobre déja vu, para avançar na pesquisa.
O ‘déja vu’ pode ser explicado por uma proximidade entre cenários identificados em memórias
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Segundo o artigo, durante muito tempo as explicações sugeridas apresentavam apontamentos sobrenaturais sem qualquer rigor científico até a virada do século 20, quando estudos sobre o cérebro e a memória começaram a levantar pontos importantes sobre o tema. Assim, algumas descobertas essenciais importantes foram delimitadas pelo levantamento de Brown. “Ele descobriu que cerca de dois terços das pessoas experimentam déjà vu em algum momento de suas vidas. Ele determinou que o gatilho mais comum é uma cena ou lugar, e o próximo gatilho mais comum é uma conversa”, escreveu Cleary.
A psicóloga cognitiva Anne Cleary, da Universidade do Estado do Colorado
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A partir do trabalho de Brown, a psicóloga realizou experimentos para testar hipóteses sobre o funcionamento do fenômeno. O estudo investigou uma sugestão levantada há mais de um século para explicar o fenômeno, intitulada “hipótese de familiaridade”, na qual o déja vu seria explicado por alguma semelhança espacial entre a cena vivida na atualidade e uma cena “não chamada” em sua memória: uma cena diferente, vivida em seu passado, conectada a partir de algum sentimento determinante experimentado no momento.
Exemplos de cenários semelhantes levantados em Realidade Virtual pelo experimento
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“Imagine que você está passando no posto de enfermagem em uma unidade hospitalar a caminho para visitar um amigo doente. Embora você nunca tenha ido a este hospital antes, você está impressionado com um sentimento que você tem”, diz o texto. “Talvez a forma como a estação de enfermagem está situada – os móveis, os itens no balcão, a forma como se conecta aos cantos do corredor – seja o mesmo que uma série de mesas de recepção e móveis em um corredor na entrada de um evento escolar que você participou um ano antes”, escreve.
Em resumo, a hipótese de familiaridade sugere que o déja vu acontece quando essa situação anterior semelhante não chega de fato a surgir em nossa mente, deixando somente o intenso sentimento de familiaridade. Para realizar o estudo, Cleary colocou os participantes dentro de cenas específicas utilizando realidade virtual. “Dessa forma, poderíamos manipular os ambientes em que as pessoas se encontravam – algumas cenas compartilhavam o mesmo layout espacial enquanto eram distintas”, afirmou.
O ‘déja vu’ pode ser disparado simplesmente pela disposição semelhante de objetos em um espaço
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O experimento comprovou que o déja vu foi mais recorrente diante de cenas que apresentavam a mesma forma espacial de cenas anteriores das quais não se lembravam. “No entanto, isso não significa que a semelhança espacial é a única causa de déjà vu”, esclarece a pesquisadora. “Provavelmente, muitos fatores podem contribuir para o que faz uma cena ou uma situação parecer familiar”, conclui Cleary, confirmando que novos estudos já estão em andamento para determinar outros fatores.
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