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Dia das Bruxas: Por que gostamos de levar susto com filmes de terror e casas mal-assombradas?

31 • 10 • 2022 às 11:56
Atualizada em 01 • 11 • 2022 às 09:59
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Enquanto um jogador está entretido com um videogame de terror, o coração dele pode acelerar, mesmo que perversamente ele esteja se divertindo.

O “paradoxo do horror” é que ter medo, nas circunstâncias certas, pode ser divertido. E o medo recreativo, como é apropriadamente chamado, também pode nos beneficiar, segundo reportagem publicada no “The Washington Post”.

‘A Freira’. Em 2018, se tornou a maior bilheteria de um filme de terror na história do Brasil

Divertir-se com o medo é uma “ferramenta extremamente importante para o aprendizado”, afirma Mathias Clasen, diretor do Laboratório de Medo Recreativo da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, em entrevista ao jornal. “Aprendemos algo sobre os perigos do mundo. Aprendemos algo sobre nossas próprias respostas: qual é a sensação de ter medo? Quanto medo posso suportar?”

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Não por acaso, os filmes de terror se tornaram mais populares. Em uma pesquisa realizada pela Clasen, que ouviu mais de 1 mil americanos, 55% deles se descreveram como fãs de terror. Só que o horror não é o único gênero considerado assustadoramente divertido.

‘Dahmer – Um Canibal Americano’. Série inspirada em história real é um dos grandes sucessos da Netflix

Muitas pessoas que não se consideram fãs do medo gostam de podcasts e romances sobre crimes reais com violência e assassinato. Outras preferem documentários sobre a natureza de predadores como tubarões e ursos.

Segundo pesquisadores, esse medo recreativo é fruto de uma combinação de adrenalina e uma oportunidade de aprender a lidar com situações assustadoras em um ambiente seguro.

Quando estamos com medo, nosso sistema endócrino libera adrenalina, noradrenalina e cortisol para ajudar a preparar nosso corpo para a ação física. Sabemos que Michael Myers, da franquia “Halloween”, por exemplo, não é real, mas nosso cérebro ainda responde como se ele fosse uma ameaça empunhando uma faca.

‘Halloween’. Michael Myers, o assassino da franquia que teve início em 1978

O medo recreativo é uma atividade social. Poucas pessoas vão assistir a filmes de terror ou correr por casas mal-assombradas sozinhas, diz Clasen.

E finalmente, respire fundo – uma técnica fisiológica testada e comprovada para regular suas emoções. Afinal, aquele assassino não está realmente atrás de você.

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