Sustentabilidade

Felinos raros e ameaçados voltam a ser avistados no Rio de Janeiro e surpreendem pesquisadores

13 • 10 • 2022 às 14:04
Atualizada em 25 • 11 • 2022 às 18:27
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Um gato-do-mato pequeno (Leopardus tigrinus), espécie ameaçada de extinção, e um gato-maracajá (Leopardus wiedii), um felino raro, foram flagrados percorrendo uma das trilhas do Parque Estadual dos Três Picos, unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em Nova Friburgo, na Serra Fluminense.

Gato-maracajá

Considerado como ameaçado de extinção pela lista do Ibama, o gato-do-mato-pequeno tem o tamanho próximo ao do gato doméstico e é nativo das Regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do Brasil. De hábitos noturnos e diurnos, ele se alimenta de pequenos roedores, pequenas aves e alguns lagartos.

Em outubro deste ano, um gato-maracajá também havia sido avistado por pesquisadores do Inea na Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba, no Norte do Estado. Este pequeno felino possui hábitos noturnos, mas naquela ocasião foi fotografado durante uma caçada matutina.

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A imagem mais recente foi capturada no último dia 7 de novembro por uma armadilha fotográfica instalada em uma trilha do Três Picos. O Inea, em parceria com o Projeto Aventura Animal, instalou 20 câmeras camufladas em várias trilhas da unidade de conservação.

O Parque dos Três Picos tem 65.133 hectares e abrange partes dos municípios de Teresópolis, Guapimirim, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim, na Região Serrana do Rio. O parque também é reconhecido internacionalmente como uma IBA (Important Bird and Biodiversity Area), ou seja, uma área prioritária para conservação da biodiversidade de aves, pela BirdLife International.

Gato-maracajá é encontrado por biólogos em parque no norte do Estado do Rio de JaneiroO objetivo da colocação das armadilhas é monitorar a fauna, e assim reunir informações de animais que abrigam o parque para fins de pesquisa voltada à preservação das espécies nativas da Mata Atlântica. “Ficamos felizes com aparições como essa, porque a preservação das espécies, um dos pilares do instituto, é essencial para a sustentabilidade de ecossistemas como a Mata Atlântica”, destaca o presidente do Inea, Philipe Campello.

Confira o vídeo da aparição do pequeno gato-maracajá em outubro:

O gato-maracajá está classificado como “quase-ameaçado” pela União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN). Ele é relativamente comum na Mata Atlântica, no Cerrado e alguns outros biomas brasileiros. Com o desmatamento e a caça, ele sofre com a ameaça de perder seu lugar na natureza. Contudo, esforços de conservação podem acelerar o crescimento da espécie.

Gato-maracajá faz caçadas noturnos e se alimenta de outros animais, como aves

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Fotos: INEA/Reprodução

Foto 3: Márcio Motta


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