Sempre alerta: 10 atitudes que podem deixar seu pet mais ansioso e precisam ser evitadas

Vitor Paiva  • Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

A ansiedade é um dos sintomas que mais afetam nossa saúde mental: o mal, porém, não atinge somente os seres humanos, mas também nossos pets. Segundo artigo assinado pela médica veterinária Sabina Scardua, doutora com especialidade em comportamento animal, e publicado na revista Casa e Jardim, há uma série de comportamentos que podemos melhorar ou evitar para não agravar a ansiedade em nossos cães e gatos.

Os cães e gatos também são afetados pela ansiedade e o estresse, e o artigo indica como evitar

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De acordo com pesquisa realizada pela USP, o Brasil lidera uma lista de onze países com mais casos de ansiedade e depressão, tendo mais da metade da população se declarando constantemente ansiosos. E como a tranquilidade dos animais de estimação está diretamente ligada ao comportamento de seus humanos mais próximos, é natural concluir que cães e gatos por aqui também devem andar especialmente ansiosos.

“Algumas personalidades são mais propensas à ansiedade, mas, infelizmente, de uma forma geral, é muito fácil deixar um pet ansioso. O nosso comportamento, estados mentais, energéticos, emocionais e estilo de vida refletem em como os animais de nossa família se sentem”, escreveu Sabina. Assim, a médica veterinária apontou dez comportamentos que não devemos manter em nossa relação com nossos pets, para combater a ansiedade dos melhores amigos de quatro patas.

1. Evite perguntas o tempo todo

Segundo Sabina, os animais conseguem compreender centenas de palavras, bem como intenções. O excesso de perguntas pode causar aflições. Então, em vez de constantemente questionar se ele quer fazer determinada coisa, melhor simplesmente afirmar que é hora de comer ou passear, por exemplo.

2. Evite sair emocionalmente alterado

A forma como saímos e chegamos em casa também afeta os pets, que percebem quando estamos alterados emocionalmente e se afligem por não poderem ajudar. A saída de um tutor para a rua já indica angústia; a expressão de medo, dor ou raiva podem agravar tal quadro nesse momento.

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3. Não vigie o pet constantemente

Os animais percebem que estão sendo vigiados. Esse sentimento de maneira constante pode causar tensão e cansaço. Poderem relaxar é também parte importante da segurança e tranquilidade dos bichinhos em casa.

4. Não interfira demais na hora de comer

A participação exagerada na hora da alimentação pode trazer tensão e criar uma dependência emocional. Interagir e compartilhar momentos não são o problema, mas a interferência excessiva, esperando que o bicho coma, pedindo para ele comer ou mesmo oferecendo diretamente o alimento na boca, pode causar sofrimento e atrapalhar a alimentação.

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5. Evite comportamentos inconstantes

De acordo com a especialista, esse é um dos comportamentos que mais afetam os animais: a inconstância nas regras e hábitos da casa. Deixar de permitir o acesso a locais ou petiscos que antes eram permitidos, por exemplo, sem maiores motivos, pode trazer ansiedade intensa.

6. Não interrompa a brincadeira com bronca

A mudança radical de um sentimento positivo, causado pela brincadeira, para a tensão de uma bronca, segundo Sabina, causa um choque intenso interno. O indicado é ignorar o ocorrido e simplesmente parar a brincadeira.

7. Mantenha o ‘banheiro’ limpo

O ideal é que as necessidades básicas do cão ou gato, como a comida ou a higiene dos banheiros, estejam sempre cuidadas e estáveis, sem que o animal precise “pedir”. A reclamação causa impotência e vulnerabilidade nos bichos.

É importante, segundo o artigo, não aguardar o animal ‘reclamar’, e manter o ‘banheiro’ limpo

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8. Evite falar demais em casa

A voz humana afeta especialmente os animais, e por isso o excesso dessa vibração, com muita gente falando muito e especialmente alto, pode agitar o animal e colocá-lo em estado de especial e desnecessária ansiedade.

9. Não prive o sono dos pets

Assim como entre os seres humanos, a privação do sono altera produções hormonais e causam estresse, ansiedade e até depressão. Oferecer um espaço seguro, com iluminação adequada, silêncio e conforto para as horas de sono, portanto, é fundamental.

10. Não fique mais de 3 dias sem olhar no olho

Segundo a especialista, citando estudo de 2014, cães que passam mais de três dias sem olhar nos olhos de seu tutor ou tutora apresentavam comportamento especialmente ansioso. Assim, não desviar o olhar quando seu cão te olha nos olhos é também especial recomendação.

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“Te convido a verificar cada um desses pontos, porque eles podem moldar a ansiedade do amor da sua vida. Comece com o olho no olho. Respire fundo ao longo do dia, sinta a si próprio e se conecte mais profundamente com seu pet, não com o mundo ao redor”, diz o artigo – que pode ser acessado em sua versão completa aqui.