Ciência

De onde veio a água da Terra? Meteorito pode responder pergunta

21 • 11 • 2022 às 15:11
Atualizada em 21 • 11 • 2022 às 15:48
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Em 2021, a pequena cidade de Winchcombe, na Inglaterra, foi alvo da queda de um meteorito que pode mudar a percepção dos cientistas sobre a origem da água no planeta Terra.

Os detritos oriundos do espaço encontrados no local são considerados os mais importantes que já caíram no Reino Unido e são estudados atualmente por pesquisadores.

Pedaço do condrito carbonáceo de Winchcombe, descoberto no ano passado, reforça hipótese da origem da vida na Terra

Os 500 gramas de detritos foram analisados e cerca de 11% do peso do objeto era pura e simples água, como a que temos no nosso planeta.

A composição com água do meteorito reforça a tese de que a água chegou em nosso planeta graças a uma enorme chuva de meteoritos com H2O.

E o meteorito de Winchcombe bate com a hipótese dos cientistas sobre o tipo de meteorito que pode ter sido responsável pelo surgimento da água na nossa atmosfera: os condritos carbonáceos.

Os condritos raramente conseguem ser recolhidos pelos pesquisadores por se quebrarem ao entrar na atmosfera.  O meteorito foi recolhido muito rapidamente, o que permitiu que os cientistas captassem sua composição em um estado privilegiado, sem muitas interferências de agentes como o Sol, a umidade ou a ação humana.

“Todos os outros meteoritos foram comprometidos de alguma forma pelo ambiente terrestre”, diz Ashley King, principal coautor do estudo, do Museu de História Natural de Londres, em entrevista à BBC News. “Mas o de Winchcombe é diferente por causa da rapidez com que foi recolhido”, completa o pesquisador.

Mais análises feitas com os detritos encontrados na pequena vila na Inglaterra devem ser publicados nos próximos meses na revista científica Meteoritics & Planetary Sciences, onde o primeiro estudo foi publicado nesta semana.

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Fotos: Getty Images


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