Ciência

Destroços da Challenger são encontrados mais de 35 anos depois da explosão

14 • 11 • 2022 às 10:34
Atualizada em 14 • 11 • 2022 às 17:16
Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Em 1986, uma missão do ônibus espacial Challenger, da Agência Espacial dos EUA (NASA), teve um problema de lançamento e sete pessoas morreram dentro do módulo, que despencou nas águas da Flórida e não pôde sair da atmosfera.

36 anos depois, os mergulhadores Mike Barnette e o mergulhador Jimmy Gadomski encontraram destroços da missão nas águas profundas do Caribe.

Pesquisadores buscavam objetos da Segunda Guerra Mundial, mas acabaram encontrando detrito de missão da NASA

Os mergulhadores conseguiram identificar o destroço a partir de duas evidências: a proximidade do objeto do “litoral espacial” da Flórida, onde dejetos de construções da NASA acabam caindo, além do fato de o objeto ter tijolos de proteção térmica de 20 cm².

Os responsáveis pela descoberta entraram em contato com a agência, que atestou a veracidade da placa e confirmou que realizará uma pesquisa sobre o achado.

“Percebemos que o item vai mais fundo na areia, então é difícil determinar seu tamanho real”, explicou Mike Cianelli, gerente do Programa de Lições Aprendidas com a Apollo, Challenger e Columbia, em entrevista ao History Channel. “Mas estou confiante de que esse é um dos maiores pedaços já encontrados da Challenger”.

O acidente da Challenger de 1986 é uma das mais marcantes tragédias da exploração aeroespacial. A queda do ônibus espacial foi televisionada e gerou grande comoção no país.

O desastre marcou o governo Reagan por um dos mais tocantes discursos da história do país, quando o então presidente estadunidense prestou condolências às vítimas.

Da esquerda para direita, fileira de trás: Ellison S. Onizuka, S. Christa McAuliffe, Gregory B. Jarvis e Judith A. Resnik. Na frente: Michael J. Smith, Francis R. “Dick” Scobe e Ronald E. McNair.

“Nunca os esqueceremos. Nem esqueceremos da última vez que os vimos, nesta manhã, enquanto se preparavam para sua jornada e acenavam adeus. Eles estavam ‘escorregando das amarras grosseiras da terra’ para ‘tocar a face de Deus'”, disse o chefe do executivo.

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Fotos: Foto 1: Reprodução/History Foto 2: NASA


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