Design

Indiano usa inteligência artificial para criar ‘habitações vivas’

08 • 11 • 2022 às 18:03
Atualizada em 17 • 11 • 2022 às 11:55
Carol Monteiro
Carol Monteiro   Redatora Carol Monteiro é jornalista formada pela ECA/USP e mestranda em Mídia, Cultura e Produção de Sentido pelo PPGCOM/UFF. Como comunicadora institucional e digital, já atuou na iniciativa privada, pública e no terceiro setor. Adora temas ligados à cultura, à tecnologia e aos direitos humanos.

No dia do Urbanismo, celebrado neste 8 de outubro, que tal comemorar exaltando um projeto inovador, que une tecnologia, meio ambiente e arquitetura? O urbanismo prioriza a integração respeitosa da rotina da vida na cidade com a natureza do espaço onde ela está localizada. Para que isso aconteça da melhor forma possível, alguns profissionais têm se valido dos avanços tecnológicos para implementar ideias criativas e ousadas. Como é o caso do arquiteto indiano Manas Bathia. Veja só o que ele inventou.

Manas Bhatia

Inspirado na construção de formigueiros e tocas de outros insetos, Bathia decidiu investigar o que aconteceria se os humanos criassem casas que pudessem crescer e respirar, como se fossem “habitações vivas”.

Segundo o site My Modern Met, ele recorreu à inteligência artificial (IA) para criar uma série de conceitos arquitetônicos chamada “Arquitetura Simbiótica”. No projeto, as casas se estendem até o céu e reproduzem formatos da natureza.

Leia também: Selva urbana raiz: sociedades antigas podem ensinar as cidades modernas a serem mais sustentáveis

Bhatia pegou algumas das interações humanas mais agradáveis ​​com a natureza, como ler um jornal debaixo de uma árvore ou observar folhas coloridas no parque, e as usou para desenvolver um futuro utópico. Em sua visão, os edifícios devem ser formas vivas, que também crescem, por exemplo.

O arquiteto acredita que a IA pode ajudar profissionais como ele a visualizar ideias mais ousadas dentro de um tempo menor do que ele teria caso não tivesse acesso a este tipo de recurso. Ele conseguiu visualizar, por exemplo, uma árvore Hyperion cheia de apartamentos, cuja parte oca vira um átrio central inundado de luz.

A tecnologia usada por Bathia se chama Midjourney e foi por meio dela que foi possível alcançar o visual desejado apenas digitando instruções como “gigante”, “oco”, “árvore”, “escadas”, “fachada” e “plantas”. O arquiteto lançou também alguns desafios conceituais para o programa, como “as estruturas podem crescer?” e “pode a forma em que vivemos respirar como as criaturas?”. A partir daí, ele passou por vários esboços e refinou as imagens até ficar satisfeito com o resultado.

E aí, gostou da ideia de construirmos casas como as formigas?

A origem da data

Em 8 de novembro de 1949 foi celebrado o primeiro Dia do Urbanismo no mundo, mais especificamente na Argentina. A partir de então, a data foi adotada também por outros países – no Brasil, ela é celebrada desde 1985. Criada pelo professor da Universidade de Buenos Aires Carlos Maria Della Paolera, o Dia Mundial do Urbanismo tem o objetivo de valorizar e chamar a atenção para esta ciência humana que estuda e coloca em prática a regulação e o planejamento das cidades.

Publicidade

Canais Especiais Hypeness