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A Copa do Mundo do Qatar se aproxima com um bode na sala. Por mais que a FIFA tente forçar um clima de normalidade, a homofobia no país – que proíbe a liberdade de gênero – continua em pauta.
Desta vez, a discriminação contra a comunidade LGBTQIA+ apareceu em uma fala do embaixador catari na Copa do Mundo. Khalid Salman, que foi jogador da seleção do Qatar, classificou a homossexualidade como fruto de um “dano mental”.
A declaração preconceituosa de um importante representante do país-sede do Mundial foi dada durante entrevista exibida na TV alemã pelo canal ZDF, na terça-feira (8).
Confira a declaração (em inglês) abaixo:
Khalid Salman, embajador del Mundial de Qatar, sobre la homosexualidad:
"Tienen que aceptar nuestras reglas aquí. Los homosexuales son haram y tienen daño mental" pic.twitter.com/OjJBDFW6XP
— Wall Street Wolverine (@wallstwolverine) November 8, 2022
A conversa com a imprensa alemã realizada em Doha, no Qatar, foi interrompida prontamente por um representante do comitê responsável pela organização da Copa do Mundo.
O embaixador Salman tentou contornar o pensamento homofóbico prometendo que “todo mundo será aceito no país”.
Mas não sem destilar um pouco mais de sua intolerância. Ele disse, de forma infundada, que homossexuais podem dar um mau exemplo para as crianças. “Algo que não é bem-vindo.”
Khalid Salman foi atleta profissional de futebol da seleção do Qatar entre os anos 1980 e 1990. Ele participou da Olimpíada de Los Angeles e foi escolhido como um dos embaixadores do torneio.
Gianni Infantino, presidente da FIFA, que finge normalidade diante de homofobia
Os comentários homofóbicos de Salman renderam uma série de críticas mundo afora. Entre as vozes que se manifestaram contra está a de Rasha Younes, pesquisadora sênior dos direitos LGBT na Human Rights Watch, que atua em defesa dos direitos humanos.
“A falha do governo catari em conter essa informação falsa gera impacto significante nas vidas dos residentes LGBT do Qatar”, escreveu no Twitter.
O fato escancara a falta de cuidado com os direitos humanos no Qatar, alvo de acusações sobre condições insalubres de trabalho durante a construção dos estádios da Copa do Mundo.
A Anistia Internacional produziu um relatório denunciando que centenas de trabalhadores contratados para fazer o Mundial “pagaram taxas exorbitantes e nunca foram reembolsados”. O órgão ainda adiciona casos de trabalho forçado.
A FIFA tentou contornar o assunto sem desagradar os donos do dinheiro. A entidade pediu que as seleções se concentrassem em jogar futebol. A Inglaterra já adiantou que vai usar uma braçadeira de capitão com as cores do arco-íris para celebrar o amor livre.
O Qatar gastou cerca de 200 bilhões de dólares (mais de um trilhão de reais) para construir os estádios da Copa do Mundo. Para se ter ideia, o Brasil, até então dono do maior investimento, desembolsou por volta de 15 bilhões de dólares – R$ 77 mi.
A postura da FIFA, presidida por Gianni Infantino, foi criticada pela Anistia Internacional.
“Ele deveria anunciar um fundo para compensar os esforços de imigrantes que construíram os estádios e garantir que pessoas LGBT não serão vítimas de discriminação”, disse à CNN Steve Cockburn, chefe de Economia e Justiça social do órgão.
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