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A Lei Padre Júlio Lancelotti foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal para impedir o que é classificado como “arquitetura hostil”, método higienista adotado por grandes e pequenas cidades para “esconder” pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Vitória! A Câmara dos Deputados acaba de aprovar, e seguirá à sanção presidencial, meu projeto que proíbe o uso de arquitetura hostil em espaços públicos nas cidades. A lei recebe o nome do Padre Júlio Lancelotti, incansável militante em defesa da população em situação de rua!
— Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) November 22, 2022
O projeto, de autoria do Senador Fabiano Contarato (PT-ES), segue agora para sanção de Jair Bolsonaro.
Padre Júlio Lancelotti luta contra a aporofobia
Um marco na luta contra a aporofobia, termo que significa fobia aos mais pobres e se tornou popular pelo trabalho do padre Júlio Lancelotti em São Paulo, a nova lei proíbe a instalação de estacas e pedras que dificultem o acesso de idosos e pessoas em situação de rua.
O marco em defesa de uma sociedade mais justa ganhou força com uma atitude do padre Júlio, que destruiu a marretadas uma “cama de pedras” instalada debaixo de um viaduto pela prefeitura da cidade de São Paulo para impedir que pessoas dormissem nesses lugares.
A instalação de cercas e objetos pontiagudos nos muros de espaços privados segue permitida pela legislação brasileira. O relator da Lei Padre Júlio Lancelotti, Joseildo Ramos (PT-BA), declarou ainda que a prática da aporofobia deve ser chamada de “técnicas construtivas hostis”.
A Lei Padre Júlio Lancelotti altera o Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), além de prever políticas públicas urbanas que garantam o bem-estar, descanso, abrigo e conforto a pessoas em estado de vulnerabilidade social.
Indignação diante da opressão. Marretada nas pedras da injustiça pic.twitter.com/kHLpXsOg0m
— JULIO LANCELLOTTI (@pejulio) February 2, 2021
Estima-se que apenas a cidade de São Paulo tenha uma população em situação de rua de cerca de 42 mil pessoas, 30% mais do que o estimado pelo último censo de rua da capital paulista, que estimou em 32 mil os que não possuem um lar.
A falta de políticas públicas efetivas durante o período de pandemia colocou mais gente na rua. O aumento do desemprego fez com que pelo menos 5 mil pessoas começassem a viver nas calçadas e abrigos de viadutos da cidade mais rica do Brasil até maio de 2022.
O racismo também está presente. Cerca de 68% das pessoas em situação de rua são negras. O padre Júlio Lancelotti está à frente da Pastoral do Povo da Rua, que oferece cuidados básicos para seres humanos invisibilizados pelo Estado.
“O aumento da população em situação de rua, a desarticulação, a descontinuidade e a forma não qualificada de respostas fazem com que o problema seja cada vez mais visível. Cada vez mais incomode, cause medo e esse medo gera ódio. Então a aporofobia ela é ligada a essa ausência de resposta que tenha a questão da qualidade e quantidade”, disse o pároco ao G1.
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