Medicina reprodutiva: Bebê é gerado a partir de esperma congelado há 26 anos

Yuri Ferreira  • Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

O britânico Peter Hickles tinha 21 anos de idade quando foi diagnosticado com linfoma de Hodgkins, um dos tipos de câncer mais comuns envolvendo o sistema linfático. Vinte e seis anos depois, ele utilizou o seu próprio esperma, congelado naquela ocasião, para conseguir gerar um filho belo e saudável.

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Peter fez a coleta de esperma logo depois que foi diagnosticado com a doença e antes de passar por uma vasectomia, que pode auxiliar na redução dos sintomas do câncer. Pelo risco de uma possível infertilidade, que pode ser causada pela quimioterapia, Peter decidiu coletar e armazenar suas células reprodutivas.

Ele havia sido informado de que seus espermatozoides só valeriam até o ano de 2006. Contudo, avanços na tecnologia e as mudanças nas leis britânicas sobre a medicina reprodutiva fizeram com que o nascimento do filho de Peter fosse possível.

E tanto foi possível que aconteceu. “Ele realmente é um pequeno milagre”, disse o pai em entrevista ao site de um tabloide britânico.  “Eu continuo olhando para ele balançando a cabeça em descrença”, completou.

Hoje, Peter não luta mais contra o linfoma de Hodgkin. Casado, ele decidiu ter um filho e eles utilizaram esperma de quase três décadas atrás

De acordo com as autoridades médicas, sempre é recomendável que a doação e o armazenamento de espermatozoides sejam feitos em situações que podem colocar em risco sua fertilidade, claro, se você deseja ter filhos. A coleta também é recomendada para quem deseja colaborar com os bancos de esperma do país.

Processos de quimioterapia são uma dessas ocasiões que tornam a coleta e o armazenamento recomendáveis, além de varicocele, doenças degenerativas, tratamentos contra infecções virais e cirurgias que possam alterar a dinâmica da próstata e dos testículos, além de outros órgãos envolvidos no trato sexual.

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