Tecnologia

Por que Mark Zuckerberg anunciou 11 mil demissões na Meta, dona do Facebook

09 • 11 • 2022 às 13:10
Atualizada em 09 • 11 • 2022 às 13:43
Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

A Meta, empresa que comanda o Facebook, anunciou a demissão em massa de 11 mil funcionários. A redução da folha salarial da empresa faz parte do que alguns especialistas estão chamando de “grande recessão” das big techs.

No ano passado, a Meta anunciou uma mudança drástica em sua identidade visual: a empresa deixou o nome Facebook e passou a investir em realidades virtuais, que ficaram conhecidas como “metaverso“.

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A ideia acabou não indo pra frente e o metaverso criado pelo Facebook apresenta dois graves problemas. A maior parte do público não entende ou não quer usar a tecnologia. Porém, a pequena parte dos usuários que se entusiasmaram com a plataforma encontram dificuldades técnicas graves em sua experiência.

Em setembro deste ano, o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, anunciou que a empresa estava enfrentando seua maior crise da história. Facebook, Whatsapp e Instagram esbarraram em um platô de crescimento no número de usuários e o valor das receitas por anúncios caiu nos últimos meses. Além disso, a empresa observou uma queda de 17 bilhões em seu valor de mercado, revelando uma crise ainda mais profunda.

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Processo similar ocorre no Twitter, que tem registrado uma queda de usuários desde que Elon Musk assumiu o controle da gigante da tecnologia. Mas outras gigantes de tecnologia também enfrentam problemas similares: as ações do Snapchat caíram 40% apenas na última semana. O Netflix também anunciou perda considerável de assinantes desde julho. Um representante do Google também afirmou que “os dias de sol” da indústria de tecnologia acabaram.

Crash global à vista!

Por um lado, alguns apontam que o crescimento das empresas de tecnologia chegou ao seu pico. Outros afirmam que as reduções de funcionários e de investimentos pode ser um sinal da recessão econômica aventada pelos especialistas para o ano de 2023.

O economista e professor da New York University Nouriel Roubini, conhecido como “Doutor Apocalipse”, conhecido por ter sido o principal alarmista da crise de 2008, afirma que em 2023 o mundo deve entrar em uma recessão mais profunda e mais longa do que a vista há 14 anos. Outros especialistas amenizam a intensidade da queda nos investimentos.

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Os dados também apontam para uma queda nos investimentos de risco em startups de tecnologia recém-fundadas e um aumento de investimentos de menor risco e proteção patrimonial, como imóveis e ouro. A recessão das big techs pode ser apenas o começo de um processo mais intenso e mais perigoso nos próximos meses.

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Fotos: Getty Images


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