Ciência

A 1ª imagem ultravioleta da coroa solar revela região nunca vista do Sol

15 • 12 • 2022 às 15:37
Atualizada em 15 • 12 • 2022 às 16:29
Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Os cientistas do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), agência de pesquisa científica dos EUA, anunciaram a descoberta de uma região até então desconhecida do Sol.

Pela primeira vez, os pesquisadores puderam captar uma imagem com tecnologia ultravioleta da coroa solar, região onde se originam os ventos e as tempestades solares.

Novas regiões observadas no espectro ultravermelho podem ser capazes de explicar o funcionamento do Sol

Graças a nova descoberta, os cientistas foram capazes de captar novas frequências de ondas e novas regiões da coroa que podem explicar melhor o funcionamento da nossa estrela.

Ponto cego

Além disso, foi possível captar um ponto cego do Sol que jamais havia sido visto. A descoberta foi feita graças ao Coronógrafo Espectrométrico e de Grande Ângulo (Lasco), operado por pesquisadores do Southwest Research Institute (SwRI), da NASA e do Instituto Max Planck para Pesquisa sobre o Sistema Solar.

“Até o momento, ninguém havia monitorado como a coroa do Sol era em UV por tanto tempo. Não tínhamos ideia se funcionaria ou o que veríamos”, comenta, em nota, Dan Seaton, cientista do SwRI e coautor do estudo, que foi publicado na revista Nature.

Agora, essas observações serão utilizadas para prover mais insights sobre o funcionamento do nosso sistema e de sua principal estrela. “Pela primeira vez, temos observações de alta qualidade que unem completamente nossas observações do Sol e da heliosfera como um único sistema”, comentou Seaton no mesmo comunicado.

Estas informações estão sendo coletadas e devem ser compiladas para ajudar a NASA em suas expedições na direção do Sol. O foco é entender melhor os ventos solares e também conhecer mais sobre os ciclos de atividade da estrela.

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Fotos: NOAA/Reprodução


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