Tecnologia

As pessoas e entidades mais perigosas da internet em 2022

30 • 12 • 2022 às 15:30 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

2022 chegou ao fim. E alguns dos fatos mais importantes deste ano não aconteceram somente nos teatros de guerra, nas mesas diplomáticos ou nas ruas das grandes cidades do planeta. Com a importância do mundo digital consolidada, é importante falar sobre os desafios e ameaças da internet (e os vilões das redes) no meio de tudo.

1. O metaverso

O metaverso foi anunciado no início do ano como o grande empreendimento da Meta, holding de tecnologia que controla Facebook, WhatsApp e Instagram.

Metaverso é apontado como devorador de dinheiro e muitos veem que segurança de dados é problema para usuários e empresas

O que foi vendido como uma utopia digital acabou se transformando em uma crise de bilhões de dólares, com golpes e especulação imobiliária.

2. Sam Bankman

Sam Bankman se tornou a face de um problema crônico das criptomoedas. O dono da FTX foi recentemente condenado pelo Departamento de Justiça dos EUA por dumping, ou seja, por incentivar a compra de bens para sua valorização.

Corretor de criptomoedas pode pegar 115 anos de prisão

Logo depois que ele conquistou milhões de dólares com o aumento do valor da criptomoeda, ela perdeu o valor e milhares de pessoas ao redor do mundo foram lesadas com o golpe (incluindo Gisele Bündchen e Tom Brady). O condenado se tornou o símbolo de boa parte do mundo das criptos, que está repleto de golpistas e “piramideiros” disfarçados de traders.

3. Elon Musk

Desde que comprou o Twitter, Elon Musk tem tentado reinventar a roda. Financiado por magnatas do petróleo do Oriente Médio, como o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, o bilionário estadunidense tem sido acusado de censura contra jornalistas.

Elon Musk apoia teorias da conspiração e discurso de ódio no Twitter

Além disso, tem tomado medidas polêmicas que causaram um “êxodo digital” de usuários de longa data da rede social do passarinho.

4. Narendra Modi

Narendra Modi é o nome que simboliza o BJP, o partido religioso hindu nacionalista que governa a Índia desde 2014.

Nos últimos anos, Modi e sua administração têm reforçado um sistema de vigilância nas redes sociais, banindo ferramentas que podem ameaçar o governo, como o TikTok.

Narendra Modi é acusado de agir contra minorias islâmicas e instrumentalizar redes sociais para benefício de seu partido, o BJP

A administração do BJP instaurou um sistema de bloqueio de jornalistas por geolocalização. Ou seja, um jornalista criticando o governo da província de Gujarate pode ser censurado apenas para moradores de Gujarate, reduzindo o alcance das denúncias e críticas.

As denúncias de censura têm se focado em jornalistas e ativistas pelos direitos da minoria muçulmana no país. Em 2022, dois jornalistas foram presos após criticar membros do BJP na internet.

5. Lapsus$

O Lapsus$ é um grupo de hackers que ganhou notoriedade por invadir os sistemas do Ministério da Saúde do Brasil em 2020. Os brasileiros são experts em invadir sistemas de empresas e governos, fazendo a festa com sequestros de dados e sistemas, os chamados ransomwares.

Vazamento de dados do Datasus foi obra do Lapsus$

O Lapsus$ não é brasileiro, mas teve seu primeiro grande impacto com a invasão do Ministério da Saúde. Eles seguem ativos, mas não se sabe qual é a origem de cada hacker e nem onde eles estão.

“O que se sabe é que é um grupo internacional e que há brasileiros envolvidos desde o início, mas não sabemos se vivem no Brasil ou fora”, diz Fabio Assolini, da Kaspersky, ao jornal Folha de S.Paulo.

6. Joshua Schulte

Joshua Schulte foi um funcionário da CIA condenado por vazar dados da agência de inteligência dos EUA para o Wikileaks.

Crimes envolvendo agência de inteligência dos EUA deram prisão perpétua para ex-funcionário

Ele é o responsável pela divulgação dos documentos do Vault 7, que o The New York Times chamou de “a maior perda de documentos classificados na história da agência e um grande constrangimento para os funcionários da CIA”.

Schulte divulgou documentos que revelaram a espionagem dos EUA frente a diversos outros países e contra os seus próprios cidadãos. Ele foi condenado no início deste ano a 80 anos de cadeia.

Além disso, foi revelado que Joshua era consumidor de pornografia infantil, o que o levou a mais um julgamento (que ainda não teve fim).

7. Os novos exércitos digitais

O mundo ficou chocado com a invasão da Rússia aos territórios da Ucrânia. Contudo, uma nova face das guerras apareceu com o conflito: a digital.

Existem denúncias que circundam a existência de hackers financiados por organizações estatais no Irã, na China e na Coreia do Norte.

MOSCOW, RUSSIA - SEPTEMBER,10 (RUSSIA OUT) Russian President Vladimir Putin waves while visiting the opening of new International Center of Box and Sambo, September,10,2022, in Moscow, Russia. Putin took part in the celebration of the City Day on Saturday and congratulated Muscovits who made a contribution to the "restauration of peaceful life in the Donbass" and to the special operation in Ukraine. (Photo by Contributor/Getty Images)

Guerra na Ucrânia foi um dos pontos principais para desenvolvimento de tecnologias digitais de guerra híbrida

Logo após o início da “operação espacial” da Rússia na Ucrânia, hackers russos iniciaram ataques contra infraestruturas digitais da Ucrânia, do Reino Unido, de outros países da Europa e dos EUA. Contudo, os ucranianos também fizeram ataques contra a infraestrutura digital russa, mostrando que o teatro de guerra também será digital a partir de agora.

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Fotos: Getty Images Foto 3: Jefferson Rudy/Agência Senado


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