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O cérebro é a mais complexa estrutura biológica que existe, e há milênios desafia a ciência com sua impressionante capacidade. Mas quando essa história começa? Como surgiu o cérebro? A pergunta moveu os neurocientistas Nicholas Strausfeld e Frank Hirth a olharem bem de perto o pequeno fóssil de um Cardiodictyon catenulum, animal semelhante a um verme, encontrado na China com 525 milhões de anos – e um sistema nervoso preservado revelando o mais antigo cérebro de que se tem notícia.
Representação artística do Cardiodictyon catenulum, ancestral dos insetos, há 525 milhões de anos
-Fóssil de cérebro de 310 milhões de anos é encontrado
Medindo apenas cerca de 1,5 cm de comprimento, o fóssil foi encontrado na província de Yunnan, ao sul da China, e seu mais de meio bilhão de anos de idade remonta ao período Cambriano, quando diversos grupos de animais modernos surgiram. O Cardiodictyon pertence ao filo extinto dos lobopódios, possuía vários pares de pernas não articulados e vivia no fundo mar. A descoberta aconteceu em 1984, mas o mais novo estudo foi publicado recentemente na revista Science.
Fóssil do animal: a cabeça do Cardiodictyon catenulum encontra-se à direita
-Minicérebro ‘sensível’ criado em laboratório aprendeu a jogar videogame
De acordo com o trabalho, o fóssil revela um animal de tronco segmentado, com estruturas neurais conhecidas como gânglios repetidas nos segmentos – essa divisão sugere que este pode ser o mais antigo artrópode já descoberto, posicionando o fóssil como ancestral dos insetos, centopeias, crustáceos e aracnídeos atuais. Tal segmentação, porém, não acontece em sua cabeça e em seu cérebro, levando os pesquisadores a concluírem que sua evolução aconteceu separadamente da do sistema nervoso.
Cabeça fossilizada do Cardiodictyon: as partes em magenta marcam as estruturas cerebrais
-EUA registra novo caso de ameba comedora de cérebro
“Essa anatomia foi completamente inesperada porque as cabeças e cérebros dos artrópodes modernos, e de alguns de seus ancestrais fossilizados, foram considerados segmentados por mais de cem anos”, aponta Strausfeld, em comunicado. O processo de evolução se assemelha ao de vertebrados recentes, como no caso do desenvolvimento de nosso cérebro e medula espinhal, que sofreram processos evolutivos distintos. “Ao comparar padrões de expressão genética conhecidos em espécies vivas identificamos uma assinatura comum de todos os cérebros e como eles são formados”, afirmou Hirth.
Corpo e cabeça fossilizados e representação do Cardiodictyon: os tecidos neurais estão em magenta
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