Elon Musk já tem data para iniciar testes de chip cerebrais em humanos

Yuri Ferreira  • Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

O bilionário Elon Musk anunciou através de suas redes sociais que o chip cerebral Neuralink deve começar a ser testado em seres humanos daqui a seis meses.

O Neuralink é um chip que promete conectar o cérebro humano a outras partes do nosso corpo, à internet e a computadores.

O equipamento está sendo testado em porcos e macacos e se mostrou seguro e eficaz até o momento, mas segue levantando debates éticos na comunidade científica.

Elon Musk é o dono de startup que investe em pesquisa de chip cerebral

O principal mote do Neuralink é poder devolver movimentos a pessoas com algum tipo de paraplegia. Em testes com porcos, a empresa alega que foi capaz de recuperar movimentos dos membros inferiores conectando dois chips – um localizado no cérebro e outro na medula.

Contudo, existem outros testes bem menos relevantes, como a capacidade de jogar jogos sem a necessidade de joysticks – teste que foi feito em macacos.

As discussões sobre o uso seguro desses chips são complexas, afinal, se conectados à internet, podem envolver o uso de hackers. Além disso, não se conhecem todos os efeitos colaterais possíveis de uma tecnologia deste tipo.

“A produção é difícil. Eu diria que é de 100 a 1000 vezes mais difícil passar de um protótipo para um dispositivo que seja seguro, confiável, funcione sob uma ampla gama de circunstâncias, seja acessível e seja feito em escala”, disse Musk através de suas redes sociais.

O empresário deseja que todos usem o Neuralink. O projeto esbarra em alguns problemas, como a própria inserção do chip, que tem o tamanho de uma moeda, dentro do crânio de um ser humano.

“Não há muitos neurocirurgiões (…) Para fazermos o melhor e termos um procedimento barato e acessível, precisamos descobrir como um neurocirurgião pode supervisionar muitos procedimentos ao mesmo tempo”, disse Christine Odabashian, que lidera a equipe de engenharia cirúrgica da Neuralink, ao site estadunidense The Verge.

Portanto, dá pra ficar tranquilo. Pelo menos mais alguns anos sem ter que abrir sua cabeça para mexer no computador.

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