Hoje é Dia do Vizinho. Saiba como a poetisa Cora Coralina ajudou a criar a data

Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Hoje (23), antevéspera de Natal, é comemorado no Brasil o Dia do Vizinho, uma homenagem à convivência de “companheiros de porta” em ruas, prédios e condomínios. A data é celebrada também no dia 20 de agosto, no mesmo dia em que a poetisa Cora Coralina nasceu.

Cora Coralina via seus vizinhos como símbolos de amizade, família, acolhimento e segurança

Como surgiu o Dia do Vizinho? 

Foi Cora Coralina, aliás, que idealizou e defendeu o Dia do Vizinho. A ideia surgiu quando moradores da rua da poetisa quiseram dar uma festa de aniversário, mas ela recusou, dizendo preferir uma comemoração entre vizinhos.

Em relação ao dia 23 de dezembro, não há justificativas concretas para a escolha também desse dia do ano para celebrar a data.

Considerada uma das principais escritoras brasileiras, Cora enxergava seus vizinhos como símbolos de amizade, família, acolhimento e segurança, e contava com eles toda vez que se mudava para uma cidade nova.

Também era neles que Cora Coralina se apoiava para cuidar da casa que deixou em Goiás, onde nasceu, quando foi morar em São Paulo, e quando voltou a viver lá, sozinha, aos 67 anos. Os vizinhos também a viam como alguém da família, por quem tinham afeto.

Data celebra pessoas que vivem próximas e podem se apoiar em momentos importantes

Quem conviveu próximo de Cora guarda lembranças dela até os dias de hoje. “Ela punha os docinhos de banana, em tirinhas, na janela. Do quintal, a gente erguia a mãozinha para pegar o doce. Às vezes, a gente ganhava um tapinha na mão. Ela dava aquela ralhada boa, mas depois vinha e dava o docinho pra gente”, conta a professora Messias Ferreira, que viveu ao lado de “dona Cora” quando criança, em entrevista ao G1.

“Vizinho é mais que parente, pois é o primeiro a saber das coisas que acontecem na vida da gente”. Era como pensava Cora Coralina, que morreu aos 95 anos, em 1985.