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Nesta quarta-feira, Marrocos eliminou a Espanha da Copa do Mundo de 2022. A dramática vitória dos árabes nos pênaltis marca a melhor campanha da seleção em copas, mas também significa muito por conta do adversário: a relação entre espanhóis e marroquinos é complexa e data de mais de um milênio.
Marroquinos fazem a festa nas ruas de Almería, na Espanha
A vitória das águias do norte da África é motivo de celebração em todo o país. Os torcedores do Atlético Mineiro certamente se lembram da festa do Raja Casablanca, maior time do país, no Mundial de Clubes de 2013, realizado no Marrocos.
Confira a festa nas principais cidades do país:
TORCEDORES DO MARROCOS INVADIRAM AS RUAS PARA COMEMORAR A CLASSIFICAÇÃO 🇲🇦🇲🇦🇲🇦pic.twitter.com/C2J4WxMkns
— Ponta de Lança (@pontalancapdl) December 6, 2022
#MAR fans in Rabat celebrating this historic win (via @ZouhairMaj) pic.twitter.com/MipS7a3MbM
— Luis Miguel Echegaray (@lmechegaray) December 6, 2022
❤️🇲🇦 PURE JOY IN MOROCCO!!! THE CITY OF RABAT ERUPTS IN CELEBRATION!!! 🇲🇦❤️pic.twitter.com/uR44Rsk8Am
— Men in Blazers (@MenInBlazers) December 6, 2022
Qatar 🇶🇦 World Cup 2022 – For the people, Morocco 🇲🇦♥️ pic.twitter.com/wGu4pxS04k
— AMAZING MOROCCO (@This_is_Morocco) December 6, 2022
Agora, vídeos da festa na Espanha:
No es Rabat, ni Casablanca, esto es #Bilbao.
🇲🇦 #Marruecos ha eliminado a 🇪🇸 #España del #Mundial | #FIFAWorldCup | #Qatar2020 | #YoTeAvisé pic.twitter.com/Rhlsm8Ti0Z
— ✠ 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐧𝐳𝐚𝐬 𝐓𝐢𝐦𝐞𝐬 ✡︎ (@Finanzas_Times) December 6, 2022
Marroquíes en Madrid también salen a las calles a festejar el triunfo de su selección! pic.twitter.com/jJ5NAK7gSO
— Nahuel Lanzón (@nahuelzn) December 6, 2022
En Madrid ya celebran los marroquíes pic.twitter.com/bNNgYIwNAS
— Ale Padín (@ale_padin) December 6, 2022
E também houve grande festa em outras partes do mundo árabe, como na Faixa de Gaza:
Watch: Palestinian football fans in Gaza celebrate Morocco’s victory over Spain at #FIFAWorldCup 🇵🇸🇲🇦 pic.twitter.com/QjxXDkFsFM
— Quds News Network (@QudsNen) December 6, 2022
A festa deve ser longa no Marrocos. Agora, a seleção deve enfrentar o vencedor do conflito entre Suíça e Portugal, que ocorre neste momento. A partida pelas quartas ocorre no sábado, dia 10, às 12h.
A vitória marroquina não foi somente saborosa porque Marrocos nunca havia chegado às quartas de final de Copa do Mundo. A relação entre os países nunca foi boa e, até os dias de hoje, segue com problemas geopolíticos e territoriais.
O local onde existe a atual Espanha e Portugal, a península ibérica, foi conquistado pelos árabes do califado Umíada por volta do século 8. Durante cerca de 700 anos, a região foi mantida por diversas lideranças políticas ligadas ao Islã em maior ou menor grau. O califado da religião de al-Andalus perdeu força somente após o fim da chamada Reconquista – longa guerra contra o califado islâmica que se iniciou nas cruzadas e terminou em janeiro de 1492.
Seleção marroquina entrou em campo contra Bélgica, Canadá e Croácia na Copa e tem a melhor defesa do torneio
Depois de 1492, os espanhóis avançaram ainda mais para dentro do norte da África e mantiveram o Marrocos como uma espécie de colônia de influência portuguesa e espanhola. Depois, ainda foi conquistado pelos franceses. A independência marroquina só chegaria de fato 1956.
A Espanha ainda mantém posses dentro de territórios continentais africanos dentro do Marrocos, como a cidade de Ceuta e Melilla. Ambas as cidades são reclamadas pelos marroquinos, mas estão sob domínio de fato dos espanhóis.
O governo de Madri também financia a Frente Polissário, um grupo revolucionário que atua no deserto Saara e deseja a separação do Saara Ocidental, território que hoje segue sob o controle do Reino de Marrocos.
Essa relação complexa e histórico entre Marrocos e os países ibéricos faz com que exista uma grande rivalidade entre os árabes e os europeus. Muitos marroquinos tentam a vida na Europa e enfrentam um mundo de preconceitos, como é o caso de Achraf Hakimi.
Hakimi celebrou vitória contra Espanha junto de sua mãe, que estava no estádio
O lateral direito do Paris Saint-Germain é filho de uma marroquina, mas nasceu na Espanha. Recusou a nacionalidade espanhola e decidiu jogar pela seleção de sua mãe, onde encontrou acolhimento. E pode celebrar o pênalti da vitória hoje, uma das maiores dos marroquinos desde a Reconquista.
Agora, os marroquinos carregam o legado de África e do Mundo Árabe, sendo a única seleção do continente e etnicamente árabe a sobreviver na Copa do Mundo.
Leia também: Do Haiti à Índia: o mundo está torcendo para o Brasil na Copa
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